A comissária europeia de Cooperação e Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva, disse nesta quinta-feira (03/03) que a Comissão Europeia concedeu uma ajuda de emergência de 30 milhões de euros, o equivalente a 42 milhões de dólares, para contribuir com as operações de resgate dos refugiados que fogem da Líbia para a Tunísia e os trabalhos de repatriação.
Além disso, a comissária relatou que os Estados-membros se comprometeram a fornecer uma ajuda de 12 milhões de euros que será aprovada em breve.
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Em entrevista coletiva no campo de refugiados de Choucha situado a 8 quilômetros da fronteira entre Tunísia e Líbia, a eurocomissária assinalou que os Estados-membros comprometeram uma ajuda de 12 milhões de euros que se aprovará em breve (o equivalente a 17 milhões de dólares).
“A situação atual não é uma crise humanitária, mas uma emergência humanitária”, afirmou.
Georgieva, a quem acompanhava a secretária de Estado húngara para Assuntos Europeus, Eniko Gyori, disse que já desdobrou na zona uma equipe de analistas em proteção civil e migrações, “que está trabalhando em coordenação com as autoridades tunisianas e a OIM (Organização Internacional de Migrações)”.
A eurocomissária fez referência ao problema particularmente difícil que apresenta a repatriação de alguns contingentes de refugiados como os de Bangladesh e Somália, dado que ao não ter estes países embaixada na Tunísia a situação se complica ainda mais.
Segundo Georgieva, neste momento se poderia catalogar em três grupos às pessoas que cruzam a fronteiras fugindo da Líbia, e que, tecnicamente pelo menos, não podem ser consideradas refugiados:
Em primeiro lugar estariam os que podem retornar a sua pátria, dado que seu país tem embaixada na Tunísia, caso dos cidadãos egípcios, o maior contingente dos que cruzaram a fronteira; em segundo lugar se encontram os que querem voltar a sua casa, mas ao não ter embaixada na Tunísia se encontram com novas dificuldades, caso dos cidadãos de Bangladesh.
E em terceiro lugar figuraria o grupo mais problemático, o daqueles cidadãos de países que nem têm embaixada na Tunísia, nem sua condição como estado é operacional, caso dos somalis.
“O caso dos cidadãos de Bangladesh é claro: é gente que quer voltar a casa e muitas vezes não pode”, disse a eurocomissária.
Georgieva ressaltou que 80 % dos cidadãos da União Europeia apoia a operação de ajuda iniciada.
A eurocomissária, além disso, reconheceu “o esforço realizada pelas autoridades tunisianas e a generosidade do povo tunisiano, as quais são merecedoras de uma ampla ajuda da comunidade internacional.”
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