O Kremlin afirmou nesta terça-feira (17/03) que não vai devolver a península da Crimeia para a Ucrânia. A declaração vem depois de um ano do referendo sobre a anexação da península, que aconteceu em 16 de março de 2014.
EFE/arquivo
Crimeanos comemoram resultado de referendo que decidiu pela incorporação à Rússia
Na ocasião, 96,7% da população definiu que a então república autônoma ucraniana se juntaria ao território russo. Posteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, promulgou a incorporação da Crimeia e do porto de Sebastopol – uma manobra até hoje não reconhecida e alvo de sanções pela comunidade internacional.
“Não existe ocupação da Crimeia. A Crimeia é uma região da Federação Russa, e, é claro, os assuntos das nossas regiões não estão abertos para discussão”, declarou em conferência o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, segundo a Reuters.
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Na semana passada, Putin admitiu que ordenou a anexação da península do Mar Negro horas depois de o Parlamento ucraniano depor o então presidente do país, Viktor Yanukovich, uma semana antes de as autoridades regionais da península se rebelarem contra o governo central da Ucrânia e convocarem o referendo independentista.
A população da Crimeia é composta por 60% de russos étnicos. A região fazia parte da Rússia até 1954, quando foi transferida pelo governo da então União Soviética (URSS) para a Ucrânia. Com a dissolução da URSS, no começo da década de 90, a península crimeana ganhou status de república autônoma – porém, ainda vinculada aos ucranianos.
Reprodução/Google Maps
Mapa mostra Crimeia (em vermelho), Ucrânia (verde) e Rússia (roxo)