A cúpula de Chefes de Estado, que reuniu os 27 países-membros da União Europeia em Bruxelas, aprovou nesta quinta-feira (28/06) a liberação de um pacote de 120 bilhões de euros para fomentar a crítica atividade econômica do bloco e reduzir suas altas taxas de desemprego.
Em entrevista coletiva após a decisão, o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, esclareceu que essa quantia equivale a 1% da riqueza nacional bruta da Zona do Euro e partirá de diversas iniciativas previamente acordadas entre as lideranças. Questionado se esse acordo representa um novo aporte financeiro para economias debilitadas do bloco, o ex-premiê belga frisou que a decisão não deve ser classificada como um novo financiamento.
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O acesso a esses 120 bilhões será organizado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento), que pretende elevar a concessão de empréstimos do Fundo Europeu de Investimento e o financiamento de project bonds – dívidas ligadas sobretudo a projetos de infra-estrutura. Embora ressalte que a prioridade será dirigir esses investimentos “diretamente aos países mais vulneráveis”, Rompuy insiste que “não se trata apenas de injetar dinheiro”.
A partir de 2013, o Banco Europeu de Investimentos poderá dispor de até 180 bilhões de euros. Inicialmente, em meio a uma reunião prévia realizada na última semana, Alemanha, França, Itália e Espanha propuseram a aplicação de 130 bilhões de euros – valor ligeiramente superior ao determinado nesta quinta-feira.
Efe
Van Rompuy: prioridade é dirigir esses investimentos “diretamente aos países mais vulneráveis”.
O BEI terá previamente uma ampliação de capital de 10 bilhões de euros, que ainda deve ser ratificada pelo conselho de governadores da instituição antes do próximo dia 31 de dezembro. Por outro lado, a União Europeia pediu o lançamento mais rápido possível dos 4,5 bilhões de euros em project bonds propostos pela Comissão Europeia. O objetivo é apressar ao máximo projetos cruciais em setores como transporte, energia e internet de banda larga.
Os 27 países-membros poderão situar parte dos fundos estruturais que recebem da União Europeia para apoiar os empréstimos do BEI e facilitar o acesso das pequenas e médias empresas ao financiamento.