O governo da Venezuela rechaçou, no final da tarde desta segunda-feira (14/11), as novas sanções impostas pelas União Europeia horas antes, compostas de medidas econômica e de uma proibição à venda de armas ao país sul-americano.
Por meio de um comunicado oficial, Caracas afirmou que as novas medidas “coercitivas e absurdas”, respaldadas nesta segunda pelos ministros de Relações Exteriores da UE, procuram o “fracasso do diálogo nacional”, que se realizará com a oposição venezuelana na República Dominicana, “e buscam favorecer àqueles que geraram violência política, morte e destruição como mecanismos para chegar ao poder por vias inconstitucionais”.
Dessa maneira, Caracas advertiu que a decisão agride tanto ao povo venezuelano, como aos quase 1 milhão de europeus que escolheram o país sul-americano como seu lar, e que têm sofrido diretamente as consequências da violência política e econômica causada por setores da direita nos últimos meses.
“Reiteramos que o povo venezuelano, fiel a sua herança libertária e defensor de sua independência, se manterá firme frente a qualquer ataque ou ameaça, e que o Governo Bolivariano da Venezuela se reserva à tomada de decisões em distintos âmbitos para garantir a defesa da paz e da soberania nacional”, prossegue o comunicado.
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PrensaVen
Governo de Nicolás Maduro rechaçou novas sanções impostas pela União Europeia
Sanções
Além das sanções econômicas e da proibição da venda de armas, os 28 chanceleres da União Europeia aprovaram também a proibição de viagem aos países-membros da UE e o congelamento de bens de venezuelanos.
De acordo com uma nota divulgada pelos chanceleres, a ideia desse embargo é diminuir a “polarização política” no país e dar um impulso para “favorecer o diálogo” entre governo e oposição.
“Nesse contexto, além dos esforços políticos e diplomáticos para apoiar uma conclusão negociada e pacífica da crise política, o Conselho decidiu por unanimidade adotar medidas restritivas, destacando as suas preocupações para a situação do país”, escreveu o Conselho dos ministros.
Desde a convocação da Assembleia Constituinte, em maio deste ano, pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, os líderes europeus criticaram duramente o governo.
(*) Com teleSUR e ANSA