O governo da Venezuela iniciou o cadastro do projeto social “Misión en Amor Mayor”, que tem como objetivo combater a pobreza entre a terceira idade.
O presidente Hugo Chávez lançou em 13 de dezembro o programa que implica na distribuição de 8 bilhões de bolívares (cerca de R$ 2,1 bilhões) em um ano e que favorecerá mulheres acima de 55 anos e homens acima de 60 anos, venezuelanos ou estrangeiros com mais de dez anos de residência legal no país.
A ministra do Trabalho e da Previdência Social, María Cristina Iglesias, declarou que, “graças ao compromisso revolucionário do presidente, os adultos maiores contam com suas pensões e com atenção”.
A iniciativa concederá uma pensão econômica igual ao total do salário mínimo, de 1.548 bolívares (cerca R$ 413) e beneficiará donas de casas, ex-esportistas e artistas, entre outros, que permaneciam à margem da previdência social.
O governo disponibilizou mais de 100 centros em Caracas e nos estados de Miranda e Vargas para a primeira etapa de cadastramento que durará 60 dias úteis. Em um dos pontos, Juanita Hernández, de 62 anos, agradecia ao governo pelo projeto: “Dou graças a Deus, em primeiro lugar, e a meu presidente Chávez, que fez justiça com a gente”, disse à Ansa.
Para a analista política Margarita López Maya, o programa não pode ser questionado do ponto de vista humanitário. “Seria desumano e mesquinho dizer que a iniciativa não faz justiça social, sobretudo com estes cidadãos que deram sua vida produtiva, seus melhores anos de vida ao país”, expressou.
Segundo ela, o problema se encontra no impacto político. “Todas estas últimas missões estão elaboradas pela campanha eleitoral e calculadas sobre o cenário de uma bonança petrolífera que terminará o ano em uma média de 100 dólares (cerca de R$ 185) por barril ou talvez mais”, assegurou.
Chávez governa a Venezuela há 12 anos e buscará seu terceiro mandato nas eleições marcadas para 7 de outubro de 2012, em um processo que enfrentará um candidato único da oposição.
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