O Ministério Público da Venezuela indiciou na noite de segunda-feira (30/11) três suspeitos pelo assassinato do opositor Luis Manuel Díaz, que foi morto a tiros durante um comício na semana passada. Díaz era secretário de um dos principais partidos de oposição no país, a AD (Ação Democrática), e o crime ocorreu no Estado de Guárico, localizado no centro-norte do país.
EFE
Chefe de campanha do chavismo, Jorge Rodríguez, afirmou a jornalistas que Díaz fazia parte de um grupo criminal
Os acusados foram detidos ontem próximo ao centro de Altagracia de Orituco, mesma cidade onde ocorreu o assassinato. Os três homens foram identificados como William Méndez Quiaro (28 anos), José Enrique Abad (25) e Ronald Ender Hernández (22).
Após o assassinato, o secretário-geral da AD, Henry Ramos Allup, acusou dirigentes do partido governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) de estarem envolvidos com o crime. Em resposta, o chefe de campanha do PSUV, Jorge Rodríguez, entrou com uma representação contra Allup por difamação.
Segundo as investigações do serviço de inteligência do país, Díaz fazia parte da quadrilha Los Plateados e o homicídio foi motivado pelo enfrentamento de grupos rivais pelo controle de atividades como extorsão de comerciantes, sequestros e furtos de carro em Guárico.
Ministerio Público imputará a tres hombres por muerte de Luis Manuel Díaz en Guárico https://t.co/wHH8EQv9jE
— Ministerio Público (@MPvenezolano) 1 dezembro 2015
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Na semana passada, a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) condenou a morte de Luis Manuel Díaz, expressando a “mais enérgica condenação a todo tipo de violência”.
O órgão também demonstrou temor com a possibilidade de que a morte do político afete o “desenvolvimento normal do processo eleitoral” do país, já que os cidadãos venezuelanos irão às urnas para as eleições legislativas no próximo domingo (06/12),
Em comunicado, o governo brasileiro pediu que as autoridades da Venezuela “zelem para que o processo que terminará com as eleições transcorra de forma limpa e pacífica” e também condenou “firmemente o uso de todo tipo de violência”.