Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente e porta-voz do CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio, entidade que dirige o país desde a queda de Muamar Kadafi, apresentou neste domingo (22/01) sua renúncia após um polêmica sobre seus vínculos com o regime deposto.
Em declarações à Al Jazeera, o próprio Ghoga explicou que sua decisão está vinculada ao seu desejo de preservar “o interesse do Estado”.
“O mais importante nestes momentos é resguardar a CNT”, acrescentou Ghoga, que fez questão de dizer que sua decisão foi unicamente pessoal.
O ex-vice-presidente do CNT, que já foi tachado de oportunista em diversas ocasiões por seus laços com o antigo regime, foi abordado por um grupo de estudantes durante um ato na universidade de Bengazi, realizado na última quinta-feira.
O CNT qualificou o gesto como um “ataque à soberania do povo líbio” e lembrou que seus representantes merecem o maior dos respeitos, independente de seu passado. O incidente resultou na prisão de 11 estudantes. Neste domingo, um movimento estudantil deverá voltar às ruas para exigir a libertação dos presos.
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