O ministro do Meio Ambiente de El Salvador, Herman Rosa Chávez, disse que a quantidade de água acumulada no país chegou a 1.245 milímetros, um índice que não nunca tinha sido registrado.
As intensas chuvas que afetam toda a América Central já deixaram pelo menos 80 mortos, sendo 32 em El Salvador, 29 na Guatemala, 13 em Honduras e oito na Nicarágua, de acordo com os últimos dados divulgados por fontes oficiais.
Costa Rica e Panamá, embora não tenham vítimas fatais, tiveram que evacuar moradores de áreas de risco e registraram danos materiais. Em todos os países, a soma de pessoas afetadas chega a 190 mil.
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O volume de chuvas superou o de 1998, quando a passagem do furacão Mitch provocou precipitações de 861 milímetros de água.
O ministro salvadorenho afirmou que centenas de casas foram destruídas pelas correntezas e desabamentos de terra. O governo pediu ajuda humanitária internacional para atender à emergência.
Na Guatemala, o presidente Álvaro Colom decretou “estado de calamidade pública” no país, onde os abrigos já acolhem cerca de 5.500 pessoas.
Já em Honduras, o número de abrigados passa dos sete mil. No país, mais 30 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas.
Por sua vez, a Nicarágua mantém um alerta preventivo em 12 dos 15 estados, que registram cerca de 350 quilômetros de ruas e estradas danificadas.
As precipitações começaram em 10 de outubro por conta de uma depressão tropical no Oceano Pacífico, que já baixou de intensidade, mas que deixou os solos encharcados.
Em todos os países, as chuvas bloquearam e destruíram muitas estradas e pontes, danificaram e inundaram residências e causaram a perda de colheitas, entre outros, de arroz, cana, café, além dos pastos para o gado, prejudicando ainda mais a situação de pobreza da região. As precipitações também atingiram a exportação de produtos perecíveis como leite, legumes, sementes e café.
Ontem, a Espanha anunciou que enviará 20 toneladas de ajuda humanitária à região, enquanto os Estados Unidos mandarão uma soma avaliada em US$ 25 mil (cerca de R$ 44 mil).
A América Central é uma das zonas mais vulneráveis do mundo em relação aos fenômenos naturais, agravados pela mudança climática. Especialistas e ambientalistas garantem que as últimas 11 ocorrências provocaram perdas avaliadas em cerca de US$ 13,6 milhões (R$ 24 milhões) na região.
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