Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos não se reunirá com uma missão enviada a Washington pelo governo golpista de Roberto Micheletti. Já o presidente deposto, Manuel Zelaya, deve ser recebido hoje (7) pela secretária de Estado, Hillary Clinton. “Não sabemos de nenhuma delegação vindo para cá. Mas, se for do 'regime de fato', o Departamento de Estado não se reunirá com eles”, disse o porta-voz da chancelaria americana, Ian Kelly, explicando que se trata de um governo que os Estados Unidos não reconhecem. Ele acrescentou que o objetivo americano “continua a ser a restauração da ordem democrática em Honduras”. “Renovamos nosso pedido para que todas as partes encontrem uma solução pacífica”, afirmou Kelly.

As ameaças de violência têm empurrado a crise a um novo nível, com ambos os lados agora mais dispostos a dialogar. Uma das resoluções propostas é adiantar as eleições de novembro. As negociações, no entanto, estão emperradas porque a OEA (Organização dos Estados Americanos) deseja a restituição total de Zelaya ao cargo – acontecimento que Micheletti já disse ser impossível, posto que a polarização interna em Honduras. Outra opção seria o retorno de Zelaya com poderes parciais.

Zelaya disse que, nas reuniões, tratarão sobre o cumprimento das resoluções das Nações Unidas e da OEA “sobre os preceitos da Carta Democrática do Sistema Interamericano, sobre o respeito aos regimes com origem na vontade popular”.

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Também será discutido sobre as “sanções que estes regimes têm que sofrer em nível internacional, a fim de que estes eventos, como no caso de Honduras, não voltem a acontecer em seus países e em nenhum lugar do mundo”, acrescentou Zelaya.

“A interrupção pela força de um governo eleito pela vontade do povo é uma violação a todos os princípios dos direitos democráticos dos povos”, disse.
Zelaya foi expulso e posteriormente destituído do governo do país no dia 28 de junho.

Em Honduras, o governo manteve uma série de medidas restritivas como o toque de recolher (a partir das 22 horas). O aeroporto de Tegucigalpa foi fechado para voos comerciais por 24 horas. Os partidários de Micheletti convocaram para hoje uma série de atos em diversas cidades.

Washington recusa reunião com governo golpista de Honduras

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