A Espanha demorará para digerir as consequências da crise econômica, que só será superada quando a recuperação for consolidada e se volte a criar emprego de forma estável, afirmou hoje (9) o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero.
Falando no Congresso para analisar as últimas medidas do governo e a situação atual, Zapatero afirmou que alguns dos aspectos mais negativos da crise, como o desemprego e a perda de tecido empresarial, perdurarão algum tempo, mesmo depois do começo da recuperação.
A Espanha tem o pior índice de desemprego dos países da zona do euro, com 18,5% de pessoas ativas sem trabalho, contra 18,2% registrados em junho e 12,5% há um ano, segundo o Eurostat (Agência Europeia de Estatísticas).
O fato de o pior da recessão já ter passado, disse o primeiro-ministro, “não significa, em absoluto, que a recuperação já esteja aqui” ou que vá terminar “com rapidez”.
Tributos
Zapatero abriu um debate frente aos deputados afirmando que a próxima reforma tributária que o Executivo planeja para estancar o crescente déficit público e financiar as medidas anti-crise elevará os impostos a menos de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto), o que equivale a cerca de 15 bilhões de euros. O primeiro-ministro espanhol, porém, não especificou quais tributos sofrerão alteração do valor.
“Não será alterada a tributação dos rendimentos do trabalho, os aumentos serão guiados por considerações de eficiência e equidade fiscal e haverá incentivos fiscais para novas atividades econômicas sustentáveis”, afirmou, segundo o El Pais. Além disso, Zapatero garantiu a diminuição do imposto corporativo para empresas que mantenham os postos de trabalho em 2010 e 2011.
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