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Boletim da falta d’água em São Paulo - 24/02 a 02/03/15

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Com que moral o governo do estado e a Sabesp pedem economia de água para a população enquanto mantêm contratos de demanda firme com 500 empresas? Com que direito os mantêm quando não garantem água a clínicas de hemodiálise?

Camila Pavanelli de Lorenzi | Boletim da Falta d'Água

2015-03-03T19:59:00.000Z

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Mídia NINJA/ContaDagua.org

Marcha pela Água na última quinta-feira (26/02) reuniu MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros movimentos sociais, que caminharam do Largo do Batata ao Palácio do Governo

Boletim da falta d’água em SP, 24/02 a 02/03/15*:

- Nossa Crise Hídrica mezzo Ruth mezzo Raquel segue a todo vapor. Explico. A maior parte das declarações do governo dá a entender que não há crise alguma acontecendo – ou, se ela existe, mal se pode notá-la. É a “Crise Hídrica versão Ruth” que o governo apresenta à população quando diz que não há nem haverá rodízio (http://goo.gl/u3Cuny); que a falta d’água atinge pouquíssimas pessoas (a Sabesp estimava o percentual de atingidos pela redução de pressão em 2% da população da RMSP, em novembro do ano passado – http://goo.gl/oOu4On; agora, estima-o em apenas 1% – http://goo.gl/xVP4TR); que não é necessário definir um gatilho para o rodízio, afinal choveu bastante (http://goo.gl/DaLA8I).

- Mas há também o outro lado da crise: declarações governamentais que não deixam dúvida de que a crise existe e é grave – tão grave, que vale tudo para solucioná-la. A “Crise Hídrica versão Raquel” é invocada para justificar a contratação de empresas sem licitação para a realização de obras emergenciais (http://goo.gl/205E3u); para justificar o descumprimento da norma brasileira sobre a pressão na tubulação (http://goo.gl/77FJaC), que leva à contaminação da água (http://goo.gl/jK5BQn); para justificar o aumento da tarifa (http://goo.gl/GfwBFz). Em todos esses casos, a crise é bem real: nas palavras do presidente da Sabesp, temos uma “situação de total não-normalidade” (http://goo.gl/xVP4TR); o diretor Paulo Massato diz o mesmo: “estamos em uma situação de anormalidade” (http://goo.gl/77FJaC); para o secretário de recursos hídricos, por fim, “estamos em penúria hídrica e financeira” (http://goo.gl/aUia0g).

- Em suma: para o discurso oficial, não há crise, exceto nos casos em que o governo precisa de uma justificativa para fazer o que bem quiser (obras, aumento de tarifa) sem prestar contas à sociedade. Não há crise, exceto quando a crise interessa ao governo; neste caso, ela não apenas existe como é bastante grave.

***

- A Região Metropolitana de São Paulo completou um ano de racionamento (http://goo.gl/ctrF03) (e a imprensa demorou mais ou menos o mesmo tempo para dizer com todas as letras que o racionamento existe e que o governo empenha-se em negá-lo). O presidente da Sabesp, porém, afirma que o rodízio é um “evento de baixa probabilidade” (http://goo.gl/KbW5Sf). Nada de novo no front: o governo do estado e a Sabesp manterão na surdina o racionamento que já existe, sem explicitar seus critérios. Alguns exemplos: em Cidade Tiradentes, os moradores têm ficado de 2 a 6 dias sem água (http://goo.gl/5uWVJJ); clínicas de hemodiálise têm sofrido cortes, e a Sabesp não tem nenhum plano para abastecer aquelas que atendem pacientes do SUS (http://goo.gl/G6c1tR); em Perdizes, uma creche ficou 4 dias sem água (http://goo.gl/GklfRn); no bairro da Saúde, o mesmo aconteceu em um condomínio residencial (http://goo.gl/JzWU6J).

- Palavras do presidente da Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo (Sonesp): “Uns trinta dias atrás pedimos uma audiência com o presidente da Sabesp para formular uma estratégia de contingência", afirma Barata, que diz ter enviado uma relação de todas as unidades de diálise do Estado. "Mas até o momento não recebemos resposta alguma deles, nem fomos informados sobre a existência de um plano emergencial para atender a nossa demanda. Assim como os hospitais, as unidades de diálise não podem ter cortes de água” (http://goo.gl/G6c1tR).

***

- Paulo Massato, diretor da Sabesp, disse: “Temos que recuperar todo o volume morto da primeira cota, temos que chegar a 28%, 29% para chegar no volume útil. Até lá, estamos trabalhando numa situação de contingência, de grave crise hídrica” (http://goo.gl/WEsXC1). Um pequeno esclarecimento: os “28%, 29%” de que fala Massato correspondem à recuperação de todo o volume morto; até lá, estamos no negativo. O índice real do Cantareira na data de hoje, 02/03/15, é -17,58%, como se vê por aqui: http://goo.gl/7CU76N

- Mas o que é “situação de contingência, de grave crise hídrica”? A Lei das Águas diz que, em situação de escassez de água, a prioridade deve ser dada ao abastecimento humano (http://goo.gl/oTjJUf). O próprio presidente da Sabesp disse que esse é o tipo de coisa fácil de falar e difícil de fazer (http://goo.gl/xVP4TR). Mexer com os privilégios de grandes empresas e seus contratos de demanda firme (http://goo.gl/M5M4uy) certamente não é simples; nem por isso deixa de ser necessário. O diretor Paulo Massato, porém, defende a vigência dos contratos, alegando que eles garantem o modelo de negócios da Sabesp – sem perceber que o que está em questão aqui é, justamente, a própria justiça e viabilidade do “modelo de negócios” da empresa (http://goo.gl/GfwBFz).

***

- A subida no nível dos reservatórios operados pela Sabesp deve-se tanto às chuvas de fevereiro (que, no Cantareira, chegaram a 161% da média histórica – http://goo.gl/7Dnmpq) quanto à redução das captações do Cantareira. No ano de 2013, a média de captação no Cantareira foi de 32.600 L/s; em janeiro de 2015, 17.800 L/s (http://goo.gl/ctrF03). A Sabesp passou a captar menos água (que surpresa) depois das eleições (http://goo.gl/YW8nog). O problema, é claro, não está na redução das captações, muito pelo contrário: o problema é justamente 1) isso ter demorado tanto a acontecer, levando-nos à situação atual (em 2014, a Sabesp ignorou as baixas vazões e continuou tirando água do Cantareira como se nada estivesse acontecendo – http://goo.gl/C9bmEu); 2) isso estar acontecendo agora de forma autoritária e nada transparente.

- A redução é inevitável, já que a água está no fim. A questão, aqui, é o *como*. Vamos reduzir o abastecimento de água para quem? Quais serão os critérios? O presidente da Sabesp afirma, acertadamente, que não se pode reivindicar “o direito de tomar banho de meia hora” em situação de escassez (http://goo.gl/xVP4TR). De fato: dada a atual escassez, as prioridades de uso precisam ser revistas. Mas, se banhos de meia hora não são aceitáveis, tampouco é aceitável que os grandes consumidores da Sabesp mantenham seus vantajosos contratos. Quer dizer:

- Com que moral o governo do estado e a Sabesp pedem economia de água para a população enquanto mantêm os contratos de demanda firme com 500 empresas?

Ou, o que é ainda mais grave:

- Com que direito o governo do estado e a Sabesp mantêm os contratos de demanda firme com 500 empresas quando não garantem o abastecimento de clínicas de hemodiálise?

Algumas outras notícias do racionamento não-oficial:

- A Sabesp admitiu que o rodízio, com a despressurização da rede, pode contaminar a água e provocar disenteria na população (http://goo.gl/t4043K). Não apenas a Sabesp já corta manualmente o fornecimento de água em 40% da rede como tem mantido a pressão abaixo do nível recomendado (http://goo.gl/l2wl6O). Em bom português, portanto, as chances de sofrermos de caganeira já são muito maiores hoje. Nada que já não estivesse previsto desde dezembro do ano passado (http://bit.ly/1JX3cmR).

- O preço da garrafa de 1,5L de água mineral aumentou 20,7% entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2015. A inflação entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015 foi de 7,7% (http://goo.gl/LSwxbk).

***

Mas vamos a algumas medidas que o governo de São Paulo vem adotando em relação à crise:

- Em primeiro lugar, não falar no assunto abertamente com a população (http://goo.gl/DaLA8I).

- Em segundo lugar, orientar os correligionários a defender o governo (http://goo.gl/x4bBXx).

- Em terceiro lugar, minimizar os problemas: a redução de pressão só afeta quem não tem caixa d’água, segundo Alckmin. Aí o governo, acertadamente, se compromete a distribuir as caixas (http://goo.gl/H3tzvb) – só que entrega apenas 2,8% do que foi prometido (http://goo.gl/HVT2wF) e, quando entrega, frequentemente a população não tem como instalar (http://glo.bo/1N5NqYp).

- Aliás, em dezembro do ano passado, a Sabesp se comprometeu também a entregar economizadores de água para torneira a toda a população da RMSP, em janeiro e fevereiro de 2015 (http://goo.gl/QyCOcA). Para quantos terá entregue?

- Para finalizar esta parte: a maioria dos medidores da Sabesp são suscetíveis ao registro de ar (http://goo.gl/SU2D4c), o que tem levado a cobranças equivocadas – e a sagas burocráticas para solucioná-las (http://goo.gl/GURbNQ).

***

- Em meio a tudo isso, uma boa notícia: o governo do estado firmou uma parceria com a ONG TNC Brasil para recuperar áreas de mananciais. Pelo que se depreende destas duas notícias (http://goo.gl/hXC4K7) (http://goo.gl/QnzR4c), trata-se da recuperação de Áreas de Preservação Permanente, que não deveriam ter sido desmatadas. Isso é bom, mas ainda é pouco. Esta matéria da Folha (http://goo.gl/alBwPH) não está considerando o convênio, que (pelo que entendi) recupera as APPs; mas a questão é que, para além das APPs, seria necessário recuperar áreas ainda maiores.

***

- Em 24/02, rolou a excelente aula pública da Aliança pela Água no vão livre do MASP (http://goo.gl/851qEW). De tudo que vi e ouvi, vou destacar muito rapidamente alguns pontos que foram ditos na mesa sobre movimentos sociais e repressão policial:

- Pedro Scavicini, do Movimento Itu Vai Parar, falou sobre as manifestações que aconteceram em Itu no ano passado. Pedro contou que, em um determinado protesto, um manifestante mais exaltado chutou uma lixeira e foi preso. Dias depois, apareceu com o rosto deformado – ele fora torturado na prisão. Em meio ao horror do relato, não pude deixar de fazer um cálculo rápido. Ao derrubar a lixeira, o rapaz deve ter sujado cerca de 1 ou 2 metros quadrados de chão. Enquanto isso, a empresa privada responsável pelo abastecimento de Itu deixou de limpar o fundo dos sete reservatórios de água que servem a cidade, diminuindo sua capacidade de armazenamento em 30% (http://goo.gl/vkXFI2). Quantos milhares de metros quadrados do chão dos reservatórios será que a empresa deixou de limpar?

- O professor Pablo Ortellado, por sua vez, enfatizou que movimentos sociais pelo transporte e pela habitação, por exemplo, já existem há anos; os movimentos de luta pela água, porém, são recentes (http://goo.gl/mQr6yZ), já que só agora estão se fazendo necessários. O desafio, segundo ele, é que a população consiga se organizar politicamente e canalizar sua revolta em demandas de curto prazo, claras e exequíveis.

***

- Dois dias depois da aula da Aliança, o MTST tomou a frente da Marcha pela Água e, meus amigos, deu um show (atenção para o sensacional Pancadão do Não-Falta-Água feat. ele mesmo, o governador): http://goo.gl/HnKi52

- Dez mil pessoas caminharam do Largo da Batata ao Palácio do Governo (http://t.co/rjh0IUn9qh) (http://t.co/PJvBDHzaPo). Uma comissão do MTST foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, e conseguiu que o governo se comprometesse a 1) incluir o MTST e outros movimentos sociais no Comitê de Crise; 2) identificar locais com falta d’água crônica; 3) distribuir/construir caixas d’água, cisternas e poços na periferia; 4) reavaliar os contratos de demanda firme.

- Para o jornal O Estado de SP, porém, ao marchar pela água o MTST é culpado por “diversificar suas atividades” (http://naofo.de/33rs) – afinal, como ousam essas pessoas reivindicarem moradia e, ainda por cima, o luxo supremo do acesso à água?! Para o jornal, protestar até pode; mas, se o seu protesto é bem-sucedido a ponto de você ser recebido pelo governo para fazer suas reivindicações... Bem, aí já é vandalismo.

- O título do editorial é especialmente revelador: “O MTST ataca de novo”. Para o jornal, quem ataca o estado e a cidade de São Paulo não é um governo que deixa a população sem água, e sim dez mil pessoas (em sua maioria pobres) reivindicando seus direitos pelas ruas de bairros nobres da capital.

***

- Por fim, é significativo que a primeira canção sobre a falta d’água em São Paulo – tirando as paródias e marchinhas de Carnaval – seja da autoria de um norte-americano, da banda Arcade Fire (http://t.co/7Esl6idk4G). Will Butler compôs “You Must Be Kidding” a partir desta excelente reportagem do Guardian: (http://goo.gl/JzWU6J).

- Nas artes plásticas, um grupo de grafiteiros mandou bem demais: eles foram à represa Atibainha e fizeram um grafitte-medidor! (http://goo.gl/6Hzt6t)

***

AGENDA

- Ciclo universitário de debates: A crise da água no estado de SP (http://goo.gl/8sbNJZ)

E esse foi o boletim de 24/02 a 02/03/15. Pode entrar em pânico que segunda que vem tem mais.

*Este e todos os boletins passados estão disponíveis no boletimdafaltadagua.tumblr.com

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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