Primeira avaliação da caixa-preta do Tu-154 da Força Aérea russa indica falha do piloto como causa mais provável para o acidente, afirmou nesta terça-feira (27/12) uma fonte próxima da investigação à agência de notícias russa Interfax. O avião com destino à Síria caiu neste domingo (25/12) no mar Negro minutos após decolar de Sochi, onde parou para abastecer, com 92 pessoas a bordo.
“Concluímos a análise preliminar do registrador de voo. Isso permitiu concluir que é prioritária a versão sobre a falha na pilotagem como a causa do acidente”, disse a fonte ouvida pela Interfax. Especialistas consultados pelo jornal russo Kommersant também indicaram uma falha de pilotagem como causa mais provável.
Por outro lado, outra fonte consultada pela Interfax diz que houve falha nos flaps das asas do avião, o que teria feito a aeronave perder força de elevação em uma velocidade insuficiente para subir.
Agência Efe
Equipes de busca encontraram caixa-preta do Tu-154 nesta terça-feira
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Um guarda de fronteiras russo que viu a queda do Tu-154 explicou que o avião começou a cair rapidamente em direção ao mar, como se fosse aterrissar sobre ele. “A posição da aeronave era estranha, inclusive para uma manobra de aterrissagem. O Tu-154 voava em baixa velocidade, com o nariz empinado”, afirmou ao Kommersant. A testemunha comparação a posição do avião como a de uma motocicleta empinando sobre as rodas traseiras.
Aparentemente, a aeronave tocou primeiro com a cauda na água, que se partiu com a pancada, e afundou rapidamente. O Tu-154 do Ministério da Defesa da Rússia, que procedia de Moscou, caiu poucos minutos depois de decolar do aeroporto de Sochi, onde tinha feito escala para reabastecimento.
A bordo da aeronave, além dos oito tripulantes, estavam 64 membros do grupo de música e dança Alexandrov, do Exército russo, nove jornalistas, outros oito militares e a famosa médica Elizaveta Glinka, presidente de uma fundação humanitária.
Os artistas militares viajaram para a Síria para um show de Ano Novo na base aérea de Jemimim, onde a Rússia mantém um grupo de aviões de guerra.
(*) Com Agência Efe