O tribunal distrital de Basmanny, em Moscou, acusou na noite deste domingo (24/03) quatro suspeitos pelo ataque terrorista contra uma casa de shows na última sexta-feira (22/03), que provocou a morte de ao menos 137 pessoas, em um ato reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
Os acusados foram identificados como Dalerdzhon Barotovich Mirzoyev, Shamsidin Fariduni, Muhammadsobir Fayzov e Saidakrami Murodali Rachabalizoda e colocados em prisão preventiva por dois meses até o julgamento. Os suspeitos vão responder por “terrorismo” e podem ser condenados à prisão perpétua.
Dalerdzhon Mirzoyev tem 32 anos, é natural do Tajiquistão e tem quatro filhos menores de idade, segundo as suas próprias declarações feitas no tribunal, com a ajuda de um intérprete. Ele tinha autorização de residência de três meses na cidade russa de Novosibirsk, mas o documento já havia expirado.
Saidakrami Rachabalizoda afirmou, com a ajuda de um intérprete, que nasceu em 1994, também é cidadão do Tajiquistão, tem quatro filhos e autorização de residência na Rússia, mas não se lembra em qual cidade.
Faridunifoi o único dos detidos a falar em russo no tribunal e revelou que nasceu em 1998, no Tajiquistão, e tem um filho de oito meses. Ele disse ainda que trabalhava em uma fábrica de parquetes na cidade russa de Podolsk e que tem autorização de residência na cidade de Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, onde fica localizado o Crocus City Hall.
Fayzov também é cidadão tadjique e chegou ao tribunal em uma cadeira de rodas e acompanhado por um médico. Com ajuda de um intérprete, ele disse ao juiz que nasceu em 1994 e que concluiu o ensino médio.
“Ele está temporariamente desempregado, já trabalhou como cabeleireiro numa barbearia em Ivanovo e tem autorização de residência na mesma cidade”, explicou o intérprete.
O atentado terrorista no Crocus City Hall deixou 182 vítimas, entre mortos e feridos, segundo a mais recente atualização do Ministério da Saúde da Região de Moscou.
O presidente russo Vladimir Putin declarou o dia 24 de março como dia de luto nacional. Ele disse que a Rússia se deparou não apenas com um ataque terrorista cuidadosamente planejado, mas também com um assassinato em massa de civis preparado e organizado cinicamente. Ele enfatizou que todos os autores e mentores do crime sofrerão uma punição justa e inevitável.
(*) Com Ansa e Sputnik