O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou neste domingo que não é possível relacionar os ataques cometidos por Mohamed Merah nos últimos dias com o que considera ser um “problema de imigração” no país. Apesar disso, Sarkozy qualificou o atirador de Toulouse como um “monstro” e ressaltou que é necessário controlar a imigração.
“Não se pode comparar Mohamed Merah que nasceu na França, com os filhos de imigrantes que chegam em navios. Isso não tem nenhum sentido”, declarou o presidente em entrevista à rádio France Info. Merah, cujos atentados resultados nas mortes de sete pessoas, incluindo três crianças, tem origem argelina.
Apesar disso, Sarkozy voltou a destacar um dos principais pontos de sua campanha nas eleições presidenciais deste ano. O presidente afirmou que é necessário controlar a imigração por duas razões primordiais.
A primeira, segundo ele, é que necessário equilibrar as contas da seguridade social. Segundo ele, tal medida não permite que o país aceite “todos os que queiram vir em particular por causa de nossas prestações sociais”.
Além disso, o presidente afirmou que caso os imigrantes continuem chegando em excesso, torna-se muito difícil promover a “integração” entre eles.
Visita indesejada
Nesta segunda-feira (26), Sarkozy informou que disse ao emir do Qatar que o pregador muçulmano Yusef al Qaradaui “não é bem vindo” na França. Al Qaradaui, que possui passaporte diplomático e, portanto, não precisa solicitar visto para entrar no país, irá à França para participar do congresso da UOIF (União de Organizações Islâmicas da França).
“Afirmei que não serão bem-vindos no território da República um certo número de pessoas que foram convidadas para este congresso e que têm discursos que não são compatíveis com o ideal republicano”, disse Sarkozy.
O tema da imigração, seja ela ilegal ou não, é um dos principais pontos abordados pelos candidatos à presidência nas eleições que devem ocorrer no próximo mês de abril.
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