O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, enviou uma carta ao parlamento britânico para prestar esclarecimentos sobre o caso Assange e garantiu que o jornalista não pode ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos caso as garantias de seus direitos humanos sofram ameaças.
Agência Efe
Na mensagem endereçada à Casa dos Comuns, o secretário classificou como uma “questão de arrependimento” a concessão de asilo político a Assange e reiterou que o Reino Unido ofereceu uma série de garantias a Quito. O argumento de Hague é de que Assange só pode ser extraditado para os Estados Unidos na hipótese de tanto a Suécia quanto o Reino Unido concordarem que o jornalista não corre o risco de ser condenado à pena de morte.
“Tanto o Reino Unido como a Suécia são signatárias da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos e o Governo Britânico tem confiança total na independência e na equidade do sistema judiciário sueco. Como dissemos ao Governo do Equador, o Reino Unido e a Suécia implementam e aderem fortemente aos mais altos padrões de proteção dos Direitos Humanos”, disse Hague.
“A hipótese de que os direitos humanos de Assange estariam em risco diante da possibilidade de uma futura extradição da Suécia para um terceiro país é também infundada. A Suécia seria obrigada a recusar o pedido de extradição em circunstâncias que ameacem seus direitos humanos”, concluiu.
Assange, que lançou o Wikileaks em 2010, é procurado pela Justiça da Suécia para responder por um suposto crime sexual. Ele ainda não foi acusado ou indiciado.
No Reino Unido, ele travou uma longa batalha jurídica contra sua extradição para o país escandinavo, que se recusava a interrogá-lo em solo britânico. No entanto, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que ele deveria ser extraditado.
O fundador do Wikileaks teme que, após ser preso na Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição, onde poderá ser julgado por crimes como espionagem e roubo de arquivos secretos.
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