Atualizado às 20h11
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou neste sábado (14/09) que a Síria tem uma semana para entregar informações sobre o armamento químico que possui – e, assim, evitar um ataque militar. O anúncio foi feito ao término do encontro bilateral em Genebra (Suíça) entre ele e o chanceler russo, Sergey Lavrov, montado para discutir o assunto.
Damasco terá sete dias para apresentar “uma lista completa, incluindo nomes, tipos e quantidade de agentes químicos, tipos de munição, localização e formas de armazenamento, produção, assim como instalações de produção”, segundo o documento divulgado por ambos os chefes diplomáticos. O acordo diz ainda que a destruição do arsenal poderá ser feita fora de território sírio e EUA e Rússia poderão contribuir financeiramente.
“Chegamos a uma avaliação compartilhada da quantidade e do tipo de armas químicas possuídas pelo governo de Assad. E estamos comprometidos com a rápida apropriação dessas armas pela comunidade internacional”, afirmou Kerry.
Agência Efe
O secretário de Estado norte-americano John Kerry, durante entrevista nesta sexta-feira (13), em Genebra
O ataque militar estaria protegido pelo capítulo 7 da Carta das Nações Unidas. Lavrov afirmou, no entanto, que “toda ação deve ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU”.
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Segundo o acordo fechado pelo norte-americano e Lavrov, além do prazo de uma semana dado aos sírios, inspetores já precisarão estar no país no meio de novembro, com vistas a destruir todo o arsenal até metade de 2014.
“Uma das razões pelas quais nos acreditamos que isso é possível é porque o governo de Assad tomou medidas extraordinárias para manter controle dessas armas”, disse Kerry aos jornalistas em Genebra. De acordo com ele, as armas estão, principalmente, em regiões sob o controle de Damasco.
Segundo a BBC, os rebeldes sírios rejeitaram o acordo, dizendo que ele é somente uma iniciativa russa para “ganhar tempo”. Os russos apoiam o governo de Assad desde o início da crise na Síria, há cerca de dois anos.
Durante a tarde deste sábado, o presidente Barack Obama elogiou o acordo, mas afirmou que “os Estados Unidos continuam preparados para agir”.
(*) Com agências internacionais