Uma importante base militar norte-americana está envolvida em um escândalo de prostituição envolvendo oficiais que gerenciaram ou utlizaram serviços sexuais de soldados do sexo feminino.
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Nesta terça-feira (03/12), uma corte marcial interna da base de Fort Hood, no Texas, condenou o sargento-chefe Brad Grimes, oficial com 17 anos de carreira nas Forças Armadas, tendo servido nas recentes intervenções do Iraque e do Afeganistão, por ter mantido relações sexuais sob pagamento dentro da própria instalação militar.
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Base norte-americana de Fort Hood, no Texas, registrou casos de prostituição envolvendo seus próprios militares
Como pena, Grimes sofreu uma reprimenda oficial e foi rebaixado em sua patente do nível E-8 para E-7. Ele foi condenado pelos crimes de adultério e conspiração para pagar por prostituição, mas se livrou da pena proposta de um ano de detenção e demissão por má conduta. Mc Queen servia como oficial no setor de prevenção de assédios sexuais de um dos batalhões de Fort Hood. Ele também foi acusado por uma segunda testemunha de “contato sexual abusivo” durante uma “entrevista” com uma das oficiais para integrá-la na rede.
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Segundo o jornal American Statesman, de Austin, e a TV norte-americana RTV6, de Indianápolis, a corte também investiga o caso de outro soldado acusado de ter gerenciado a rede, o primeiro-sargento Gregory McQueen, que se encontra suspenso.
Na segunda-feira, durante a fase de oitiva das testemunhas, as soldadas de Fort Hood envolvidas no escândalo confirmaram que se prostituíram para outros soldados por passarem por dificuldades financeiras.
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O advogado de Grimes alegou que ele seu cliente só foi julgado por ter se recusado fazer um acordo e testemunhar contra McQueen, que está sendo investigado por ter gerenciado a rede. Ele negou todas as acusações e disse ter decidido de última hora não fazer sexo com a colega, e que estava em um hotel. “Ao final das contas, o sargento Grimes fez a coisa certa e decidiu não ter relações sexuais com a jovem”, disse o defensor Daniel Conway. A versão foi desmentida por uma das testemunhas, que afirmou ter recebido cem dólares.
O caso já está sendo investigado há alguns meses e abriu precedente para ser discutir o problema da violência sexual dentro das Forças Armadas norte-americanas. O Congresso debate um projeto de lei para que casos como esse saiam da esfera dos tribunais militares e passem a ser analisados pela Justiça comum.