O primeiro-ministro malaio Najib Razak disse neste sábado (15/03), em entrevista coletiva em Kuala Lumpur, que o voo da Malaysia Arlines desaparecido desde o dia 8 de março, com 239 pessoas, mudou de rota deliberadamente e voou durante horas na direção oeste – a oposta à rota previamente estabelecida até Pequim.
Segundo ele, “alguém” desligou os sistemas de comunicação do avião e o conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.
Agência Efe
Avião da Malaysia Arlines deveria ter chegado a Pequim seis horas após decolagem em Kuala Lumpur
“O percurso do avião até o momento em que saiu da cobertura do radar militar primário (da Malásia) é consistente com a ação deliberada tomada por alguém em seu interior”, afirmou o primeiro-ministro. Ele evitou falar em sequestro. A polícia fez buscas na casa do piloto da aeronave em busca de pistas.
O avião mudou de rota, cruzou o estreito de Malaca e tomou a direção oeste. As operações de busca pelo avião tinham se concentrado até o momento no mar da China Meridional.
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O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o MH370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira). O avião saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais do sábado (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada a Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem.
Reprodução Twitter/@washingtonpost
“As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização”, declarou o primeiro-ministro. O Boeing 777-200 tinha autonomia para sete horas de voo.
[Mapa de terça – quando a mudança de rota para oeste alterou o direcionamento das buscas]
O Boeing da Malaysia Airlines transportava 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios. A lista de passageiros inclui 153 chineses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês, um austríaco e um taiwanês.
Descobriu-se posteriormente que o italiano e o austríaco eram na verdade dois iranianos que viajavam com passaportes roubados.
(*) Com Efe