O presidente Vladimir Putin disse nesta sexta-feira (23/05) que a Rússia vai reconhecer o resultado das eleições presidenciais ucranianas, que serão realizadas no domingo (25). O líder russo pediu, entretanto, que as autoridades de Kiev interrompam a operação militar “antiterrorista” contra os separatistas do leste e ressaltou que o país vive o “caos” e “uma verdadeira guerra civil”.
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Agência Efe
Ucrânia vive “verdadeira guerra civil”, assinala Putin, ressaltando que Moscou irá reconhecer resultado das eleições presidenciais
Embora tenha ressaltado que o líder deposto Viktor Yanukovitch continua sendo o presidente legítimo da Ucrânia, Putin disse, no Fórum Econômico de São Petesburgo, que deseja uma saída para a crise. “Vamos respeitar e reconhecer o voto dos ucranianos”, afirmou.
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Putin também ressaltou que a situação do país se converteu em uma verdadeira guerra civil. “A crise ucraniana foi desencadeada porque Yanukovitch adiou o acordo de associação com a União Europeia. A isso se seguiu um golpe de Estado apoiado por nossos amigos americanos e o resultado é o caos e uma verdadeira guerra civil”, afirmou.
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Em Donetsk, separatista pró-russo mostra intervenção feita em urna eleitoral; campanha presidencial foi encerrada hoje (23)
Na capital Kiev, lideranças do governo interino fizeram um apelo para que os eleitores ucranianos compareçam às urnas para “cimentar a fundação de nossa nação”. Após alguns dias de esfriamento das tensões nesta semana, os ânimos voltaram a se acirrar, com ambos os lados trocando acusações sobre a morte de combatentes na Ucrânia.
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Um ataque separatista na madrugada de ontem (22) contra destacamentos das forças de segurança em Lugansk ameaçou a realização do pleito nessa região pró-russa, bem como na vizinha Donetsk — ambas autoproclamadas independentes após referendos separatistas.
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Confeitaria em Lviv, leste da Ucrânia, vende boneco de Putin feito de chocolate a € 0,55 (R$ 1,67)
As declarações de Putin acontecem alguns dias após a assinatura de um acordo histórico com a China para a venda de gás natural durante três décadas. O fechamento do contrato energético está sendo apontado por analistas como resultado da crise na Ucrânia, em que a Rússia se viu isolada pelas potências ocidentais, acusada de incentivar o separatismo.
“Não planejamos nenhum autoisolamento”, respondeu Putin, após criticar a imposição de sanções econômicas. “Não é evidente que as sanções econômicas utilizadas como um instrumento de pressão política no mundo atual terão um efeito bumerangue e se refletirão nas relações e economia dos países que são sua origem?”, indagou o russo.
(*) Com informações da Agência Efe