Um empresário tunisiano radicado na Argentina está sendo procurado pelas forças de segurança do país por suposta relação com e-mails nos quais o grupo jihadista EI (Estado Islâmico) ameaçaria a presidente argentina, Cristina Kirchner, como informaram jornais argentinos neste domingo (28/09).
Agência Efe
Apesar das ameças, Cristina disse não temer EI
Em sua edição de hoje, o jornal Clarín afirma que investigação realizada pela Secretaria de Inteligência (SE) da Argentina revelou que o suspeito tinha “contatos frequentes com grupos islâmicos da cidade de Baalbek, no Líbano, e em um de seus computadores havia “instruções de ameaças contra a presidência da Nação”.
No dia 20 de setembro, durante uma visita ao Vaticano, Cristina disse que a ameaça se deve à ” amizade com o papa Francisco e à posição da existência dos dois Estados: do Estado da Palestina e do Estado de Israel”.
Perigo subestimado
Em entrevista ao programa 60 Minutos da CBS, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu que os serviços de inteligência subestimaram a ascensão do EI no Iraque e na Síria.
Agência Efe
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“Nosso chefe da comunidade de inteligência, Jim Clapper, reconheceu que subestimaram o que estava se passando na Síria”, revela Obama. De acordo com a mandatário, o grupo se manteve escondido durante a última década enquanto as tropas americanas lutavam contra a Al Qaeda no Iraque, mas a instabilidade causada pela guerra civil na Síria deu a oportunidade para o EI prosperar.
Neste sentido, uma pesquisa divulgada neste domingo pelo The Wall Street Journal revelou que cerca de 72% dos norte-americanos acreditam que Obama enviará tropas terrestres para combater o grupo jihadista.
O levantamento realizado em conjunto com a rede NBC e com a ajuda da Universidade da Pensilvânia revelou ainda que 45% dos entrevistados estão de acordo com o envio de unidades terrestres para a região, “caso os chefes militares do país determinem que esta é a melhor forma de derrotar o EI”.
Coalizão internacional
Bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA e conflitos com as forças de segurança iraquianas mataram 143 combatentes do Estado Islâmico hoje em várias regiões do país, como informou à Agência Efe uma fonte de segurança.
A coalizão internacional segue bombardeando refinarias de petróleo, principal fonte de financiamento do grupo. Hoje, aviões atacaram três refinarias na província síria de Al Raqqah. Fontes locais citadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, no entanto, afirmaram que as refinarias eram administradas por civis, e não por membros do EI.
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A agência estatal síria Sana informou que os bombardeios afetaram também o quartel principal do EI em Tel Abiad e a cidade de Sluk.
Para tentar conter os jihadistas, pelo menos 1,5 mil combatentes curdos, procedentes da Turquia, se uniram em pouco mais de uma semana às milícias curdas sírias na cidade de Kobani, no norte da Síria.
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Refugiados sírios tentam entrar na Turquia
Fontes curdas locais elevaram para 1,8 mil o número de combatentes procedentes da Turquia e que lutam nas Unidades de Proteção do Povo Curdo.
Avanço
O EI deteve neste domingo sete pessoas pertencentes à minoria étnica shabak e destruíram a sede de um partido curdo perto da cidade setentrional de Mossul.
O grupo também destruiu a sede do Partido Democrático do Curdistão (KDP) em Al Fadeliya, em represália pelas ações dos “peshmerga” ou combatentes curdos contra o EI.