Os Estados Unidos omitiram a existência de soldados feridos por armas químicas abandonadas ou escondidas no governo de Saddam Hussein durante a Guerra do Iraque (2003-2011), de acordo com uma investigação revelada na noite de terça-feira (14/10) pelo The New York Times.
Efe/ arquivo
Conflito com os iraquianos, que fez parte da chamada “Guerra ao Terror”, teve início em 2003 e custou mais de um trilhão de dólares
O jornal descobriu que 17 membros do serviço norte-americanos e sete policiais iraquianos foram expostos a gás mostarda e gás nervoso após 2003. Contudo, fontes disseram que a contagem real de soldados expostos foi maior do que o número oficial declarado pelo governo.
No total, autoridades norte-americanas encontraram cerca de 5 mil armas químicas, entre projéteis e bombas para serem usadas em aviões, destacam documentos acessados pelo jornal. As armas seriam sobras de um programa iraquiano lançado nos anos 1980 durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988).
NULL
NULL
“Os Estados Unidos foram à guerra [no Iraque], declarando que deveriam destruir um programa de armas de destruição em massa. Em vez disso, as tropas norte-americanas gradualmente sofreram com os restos dessas armas químicas há muito tempo abandonadas”, diz a reportagem.
Além disso, fontes consultadas pelo veículo disseram que o governo impediu as tropas de receber assistência médica adequada e reconhecimento oficial por suas feridas.
Segundo o The New York Times, desde o início da guerra, a escala de encontros dos Estados Unidos com armas químicas no Iraque não foi compartilhada nem publicamente, nem de dentro das Forças Armadas. Esses encontros têm implicações preocupantes agora que o Estado Islâmico controla grande parte do território onde essas armas foram encontradas.