A polícia de Hong Kong desalojou, nesta quinta-feira (11/12), o acampamento montado por manifestantes que protestam há 75 dias a favor de eleições diretas na região, reivindicação negada pelo governo chinês.
De acordo com agências internacionais de notícias, o processo foi realizado de forma pacífica. Os agentes começaram a retirar os materiais deixados pelos manifestantes e limpar o local. As mobilizações perderam força com o tempo e, na última semana, uma das principais organizações de estudantes já considerava abandonar os protestos.
Agência Efe
Ação policial foi acompanhada por centenas de pessoas, jornalistas e fotógrafos de todo o mundo
Utilizando megafones, os agentes pediram reiteradamente que os manifestantes mantivessem a calma, caso contrário, empregariam a força “de forma razoável” e seriam realizadas detenções, “caso fosse necessário”.
Going going gone. All the posters removed. https://t.co/dYklJen44n
— Diana Jou (@diana_jou) 11 dezembro 2014
Enquanto equipes de limpeza removiam as barricadas, a polícia avançou com tropas a pé e em veículos para a principal área de protestos, no distrito central de Admiralty.
Agência Efe
Grupo prometeu resistir até que todos fossem presos pela polícia
De acordo com o The Wall Street Journal, para minimizar o impacto do desmantelamento do acampamento, policiais prenderam líderes do movimento durante a noite quando estavam em suas casas. Ainda de acordo com o jornal, a maior parte dos detidos pertence a grupos radicais.
This is what it looks like now. https://t.co/e4BxQr2SLo
— Diana Jou (@diana_jou) 11 dezembro 2014
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Desde a noite de quarta-feira (10/12), centenas de estudantes recolheram, durante várias horas, seus móveis e utensílios na área ocupada.
Histórico
Os manifestantes começaram a se organizar após o anúncio de que será criado um comitê com membros apontados por Pequim para escolher os candidatos ao governo de Hong Kong nas eleições de 2017. Além disso, a comissão manterá controle sobre os candidatos, oferecendo a possibilidade de apenas dois ou três presidenciáveis para o pleito.
Agência Efe
Manifestantes prometem voltar às ruas
As medidas quebram o acordo feito em 1997, quando a cidade deixou de ser colônia britânica e passou a ser controlada pelo governo chinês. O acordo previa que a cidade teria eleições abertas e sufrágio universal em 20 anos.
Os protestos ganharam força no final de setembro e foram realizados para tentar reverter a situação. O governo chinês, no entanto, afirma que a demanda por inscrições abertas de candidatos é “impossível” sob a legislação da ex-colônia britânica.