Os chefes de Estado dos países árabes aprovaram neste domingo (29 de março) a formação de uma força militar conjunta, com o objetivo de combater ameaças contra a segurança nacional, a expansão de grupos terroristas e as ingerências estrangeiras.
O anúncio foi feito neste domingo pelo presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, durante o encerramento da cúpula da Liga Árabe, que começou ontem na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh. A reunião foi marcada pela crise no Iêmen, onde uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita realiza ataques aéreos desde a última quinta-feira (26 de março) contra o grupo xiita houthis.
Agência Efe
O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, na sessão de encerramento da cúpula da Liga Árabe
Os líderes também decidiram formar uma equipe de representantes de alto nível, sob a supervisão dos chefes de Estado-Maior dos exércitos árabes, para preparar os mecanismos necessários para a criação de tal força e sua formação. Estima-se que esta etapa de preparação dure quatro meses.
Em breve pronunciamento, Al Sisi se limitou a dizer que a criação da força militar corresponde aos “grandes desafios” enfrentados pelo mundo árabe. Segundo o site de notícias RT, a força militar conjunta deve ser formada por cerca de 40 mil tropas e contar com veículos aéreos e embarcações de guerra, além de armamento leve.
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No sábado, Al Sisi garantiu durante a sessão de abertura que esta força militar, proposta por seu país, “não é direcionada contra nenhum Estado e não pretende ingerir nos Estados, mas respeitar sua soberania e defender os interesses árabes”.
Em sua opinião, é “necessário enfrentar de forma urgente e equilibrada os desafios” que a região atravessa, entre os quais citou o terrorismo, as ingerências estrangeiras e o sectarismo, em alusão à consolidação da influência iraniana em alguns países árabes.
Segundo o projeto de resolução para a criação desse exército em comum, a nova força “cumprirá as missões de intervenção militar rápida para enfrentar os desafios que possam ameaçar a segurança e a soberania de qualquer um dos países-membros”.
*Com Agência Efe e RT.com