Atualizada às 17h10
O ministro do interior da Alemanha, Thomas de Maizière, pediu neste sábado (14/11) que não seja feita uma “relação precipitada” entre a onda de atentados que ocorreu em Paris na noite de sexta (13/11), que matou ao menos 129 pessoas segundo a Procuradoria-Geral da França, e a atual crise humanitária de refugiados.
EFE
Maizière assegurou que forças estão atentas aos extremistas islâmicos e também à extrema-direita xenófoba alemã
“Eu desejo urgentemente que ninguém estabeleça uma relação precipitada com o debate acerca dos refugiados”, afirmou Maizière, acrescentando que não sejam alimentados sentimentos xenófobos, durante uma conferência de imprensa em Berlim.
A declaração vem após uma reunião de gabinete convocado pela chanceler alemã, Angela Merkel. No encontro, vários ministros analisaram a atual situação de segurança no país.
Ontem, os atentados na França ocorreram em seis pontos diferentes da capital e deixaram também ao menos 352 feridos. O Estado Islâmico reivindicou nesta manhã a autoria das ações.
Um dos ataques ocorreu durante um amistoso entre França e Alemanha no Stade de France, no subúrbio de Paris. O presidente francês, François Hollande, estava no local.
EFE
Mensagens de solidariedade em francês e alemão: 'somos todos Paris'
NULL
NULL
Segundo Maizière, a Alemanha “segue sendo alvo do terrorismo internacional” e informou que haverá reforço policial na fronteira e mais controles em rodovias, ferrovias e aeroportos.
Além disso, o ministro do Interior assegurou que as forças de segurança tem sob observação tanto militantes islâmicos extremistas, “mas também a extrema-direita”, em alusão aos recentes ataques de alemães ultraconservadores contra campo de refugiados.
Bélgica
A polícia da Bélgica começou a realizar na tarde deste sábado uma operação na capital, Bruxelas, em busca de suspeitos que teriam colaborado para os ataques de Paris.
Segundo o ministro de Justiça belga, Koen Geens, a polícia prendeu uma série de suspeitos no bairro de Molenbeek. Estima-se que três dos extremistas islâmicos que participaram da onda de atentados da capital francesa sejam provenientes do país vizinho.
Várias testemunhas francesas alegam que um dos carros dos terroristas tinha uma placa belga.
EFE
Policiais belgas fazem a vistoria no bairro de Molenbeek, em Bruxelas