O presidente francês, François Hollande, reafirmou nesta quarta-feira (18/11) que a “França está em guerra” contra o EI (Estado Islâmico), durante assembleia com prefeitos do país, em Paris. Buscando dissociar os recentes atentados em Paris com a crise migratória no continente europeu, ele também afirmou que o país vai receber 30 mil refugiados nos próximos dois anos.
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Hollande, saindo do Palácio do Eliseu, no centro de Paris, para encontro com prefeitos nesta quarta
“Algumas pessoas tentaram desenhar uma conexão entre o movimento de refugiados vindos do Oriente Médio e uma ameaça terrorista. Essa relação existe, porque pessoas do Iraque e síria vivem em áreas controladas pelo Estado Islâmico e [também] são mortas por aqueles que nos atacam”, explicou, segundo The Guardian.
Em discurso com prefeitos para debater medidas de segurança no território nacional, Hollande admitiu que algumas liberdades estão temporariamente restritas, mas garantiu que a França ainda é um “país do movimento”. No encontro, ele ainda pediu respaldo a comunidade internacional para participar da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria.
“Precisamos formar uma vasta coalizão para atingir o Estado Islâmico de forma decisiva”, disse Hollande hoje, citado pela Reuters. “A comunidade internacional deve seguir o mesmo espírito. Eu sei muito bem que cada país não possui os mesmos interesses”, acrescentou.
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Ontem, ele conversou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, em que eles deixaram divergências de lado para trabalharem juntos como “aliados” contra o grupo extremista sunita.
As declarações vêm poucas horas após uma operação conduzida por mais de 100 policiais no subúrbio de Paris, Saint-Denis, que resultou na morte de dois suspeitos, um cachorro policial e cinco policiais feridos.
A ação, que durou mais de sete horas, buscava Abdelhamid Abaaoud, principal suspeito de ser mentor dos atentados de Paris que mataram 129 pessoas e feriram mais de 350 na última sexta-feira (13/11) em mais de sete localidades diferentes na capital francesa, entre elas, o Stade de France e a casa de shows Bataclan.
EFE
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