Um comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (25/12) pela equipe de Chicha Mariani, uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio, afirma que novos exames descartaram que Clara Anahí, neta dela, tenha sido encontrada. O fato é uma reviravolta em relação ao divulgado na quinta (24/12), quando uma informe da Fundação Anahí dava conta de que ela havia sido localizada.
Segundo Juan Martín Ramos Padilla, colaborador de Mariani, um cruzamento do DNA da mulher com o Banco Nacional de Dados Genéticos da Argentina “descartou” que ela fosse Clara Anahí. De acordo com ele, a confusão aconteceu porque a moça que se apresentou como neta de Mariani levou um estudo de um laboratório particular de Córdoba, que provaria o vínculo.
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Reprodução/Facebook
Informação de que Clara Anahí havia sido encontrada foi desmentida por equipe de Chicha Mariani
Durante a presidência de Chicha nas Avós da Praça de Maio, foi criado esse sistema de identificação genética, que hoje foi utilizado para descartar o parentesco. Em 1989, por desacordos com as demais avós, Chicha deixou a organização.
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Clara Anahí foi apropriada pela ditadura em 24 de novembro de 1976, quando integrantes das Forças de Segurança atacaram a casa de Daniel Mariani – filho de Chicha – e Diana Teruggi – sua nora -, ambos militantes dos montoneros. No ataque, Diana morreu, junto com outros quatro militantes.
Comunicado de prensa pic.twitter.com/MwdGHLDVm9
— J.M. Ramos Padilla (@jmramospadilla) 25 dezembro 2015
Após o anúncio feito pelas forças do Estado para que os militantes se rendessem, Diana tentou entregar a filha pelo muro aos vizinhos, para que fosse entregue à avó, mas morreu antes de conseguir fazê-lo.