O número de pobres na América Latina recuará de 177 milhões em 2010 para 174 milhões no fim deste ano, número que compreende 30,4% da população da região.Os dados são do levantamento o Panorama Social, divulgado nesta terça-feira (29/11) pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
De acordo com o estudo apresentado em Santiago pelo organismo regional das Nações Unidas, a queda de 1% (31,4% da população em 2010) na taxa de pobreza contrasta com o aumento no percentual de indigentes, que em 2011 subirá de 12,3% para 12,8%.
Em termos absolutos, dos 174 milhões de pessoas pobres, 73 milhões estão em condições de pobreza extrema ou são indigentes, 3 milhões a mais do que em 2010.
Como contraponto, observa-se uma queda contínua dos dois índices entre 1990 e 2010. Nesses 21 anos, a taxa de pobreza na América Latina registrou redução de 17 pontos percentuais, de 48,4% para 31,4% da população. Já a indigência caiu 10,3 pontos – de 22,6% para 12,3%.
Cinco países da região registraram diminuições significativas em suas taxas de pobreza entre 2009 e 2010: Peru, Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia.
No lado contrário, Honduras e México foram os únicos países com altas relevantes nesse indicador, de 1,7 e 1,5 pontos percentuais, respectivamente.
Segundo a Cepal, a diminuição da pobreza no último ano se explica principalmente por um aumento da renda dos trabalhadores e também, embora em menor grau, pelos programas públicos de transferência de renda.
“A pobreza e a desigualdade seguiram diminuindo na região, o que é uma boa notícia, especialmente no contexto de crise internacional”, apontou a secretária-executiva da Cepal, a mexicana Alicia Bárcena.
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