Após meses de revoltas armadas que quase levaram o país a uma guerra civil, o governo do Iêmen anunciou nesta quarta-feira (22/02) o fim de mais de três décadas do regime do presidente Ali Abdullah Saleh.
A declaração surge após a conclusão da primeira eleição desde 1990. Com apenas um candidato, o vice-presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, a votação é encarada como um meio de assegurar estabilidade política necessária para a execução de reformas estruturais no país.
O comitê de segurança eleitoral estima que Hadi obteve 80% dos votos. Os resultados definitivos devem demorar dias para sair.
Ainda assim, filhos e sobrinhos de Saleh permanecem nomes importantes do exército e dos serviços de inteligência. No momento, Saleh está nos EUA para tratar as queimaduras de uma tentativa de assassinato em junho de 2011.
Em meio a temores de que a Al Qaeda estaria fortalecendo suas operações na região com a série de revoltas, a eleição conquistou o apoio dos EUA e foi encabeçada pela Arábia Saudita.
Depois da Tunísia, do Egito e da Líbia, o Iêmen torna-se o quarto líder árabe a deixar o poder devido aos levantes populares que se estendem pelo mundo árabe.
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