O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou a criação de um novo ministério para o ramo de energia elétrica – ainda sem nome definido – para enfrentar os problemas no abastecimento de eletricidade no país. A Venezuela sofreu vários apagões no último ano, devido ao aumento da procura e à redução dos níveis de água das barragens, segundo Chávez.
“Essa não será a solução, mas ajudará. Faremos também a revisão da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec)”, afirmou o presidente, que indicou a criação de uma comissão estratégica para o setor, liderada pelo vice-presidente executivo, Ramón Carrizález, junto a outros sete ministros.
Chávez ressaltou que a demanda nacional de energia aumentou “de maneira gigantesca”, a 7% ao ano, e que de 1998 a 2009, cresceu de cinco mil megawatts para 12 mil a 17 mil megawatts.
O presidente explicou que, apesar de parecer contraditório, a diminuição do crescimento econômico provocou um aumento de moradias, indústrias, e que a produção agrícola e de outros setores foi incrementada, o que gera necessidade de mais energia.
Economia
Contudo, indicou que há no país uma grande desperdício de energia e pediu à população que economize. “Evitemos o consumo capitalista. Três minutos por banho já é o suficiente”, disse. O fenômeno El Niño, que este ano produziu poucas chuvas, fez com que os níveis de reserva de água diminuísse, afirmou o presidente.
O decreto estipula que “todos os ministérios, empresas e órgãos da República deverão ingressar num plano de uso eficiente e economia de energia para reduzir ao menos 20% do consumo, enquanto a sede do governo pretende reduzir 50%. “A lei entra pela casa”.
“Também pediremos aos ministros da Educação Superior e de Ciência e Tecnologia que elaborem um plano de educação energética, para incentivar as crianças a economizar”, continuou.
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