O Ministério da Saúde da Itália confirmou nesta terça-feira (13/10) 5.901 novos casos de covid-19, maior número para um único dia desde 28 de março (5.974), quando o país atravessava o pico da crise sanitária. Essa também é a sexta maior cifra de contágios em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde é detido por 21 de março, com 6.557.
Para conter a segunda onda da pandemia, o governo italiano emitiu ainda nesta terça-feira um decreto com novas restrições, incluindo o fechamento de bares e restaurantes à meia-noite, a proibição de festas em espaços abertos ou fechados e a suspensão de excursões escolares e competições esportivas amadoras com contato físico.
Além disso, o governo determinou que, após as 21h, bares e restaurantes só poderão servir clientes que estiverem sentados, em uma medida para tentar coibir as aglomerações.
O decreto também “recomenda fortemente” que as pessoas evitem dar festas em casa e não recebam mais do que seis convidados ao mesmo tempo. Para almoços e jantares ligados a cerimônias religiosas, como casamentos e batismos, o governo estabeleceu um limite de 30 participantes.
O uso de máscaras de proteção é obrigatório tanto em espaços abertos quanto fechados, a não ser em residências privadas ou caso a pessoa esteja em áreas isoladas, como montanhas ou bosques.
“O nosso objetivo é muito claro: evitar que o país mergulhe novamente em um lockdown generalizado. A economia está voltando a correr, então, para tutelar a economia e a saúde, precisamos respeitar essas regras”, disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte.
Segundo o premiê, a curva epidemiológica voltou a subir principalmente “devido às dinâmicas em âmbito familiar”. “Devemos usar máscaras ao nos aproximarmos de pessoas frágeis e ao receber convidados”, acrescentou.
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Governo italiano anunciou decreto que afeta horário de estabelecimentos e impõe limite de participantes em reuniões públicas
Focos e crescimento
Segundo as autoridades sanitárias, a principal região responsável pelo aumento expressivo dos casos desta terça é a Lombardia, epicentro da crise na Itália, que registrou 1.080 contágios em 24 horas. A Campânia aparece em segundo lugar, com 635.
O crescimento das infecções também pode ser explicado pela melhora da capacidade de processamento de exames moleculares para o Sars-CoV-2, o chamado RT-PCR. De acordo com o Ministério da Saúde, foram concluídos 112.544 testes nesta terça-feira, contra os 26.336 de 21 de março.
As 41 mortes registradas nesta terça ainda estão longe das 919 contabilizadas em 27 de março, no pior dia da pandemia na Itália, porém esse número é o maior para um período de 24 horas desde 20 de junho, quando foram confirmados 49 óbitos.
De acordo com o boletim atualizado do Ministério da Saúde, o país soma agora 365.467 diagnósticos positivos e 36.246 vítimas.
*Com ANSA