A cantora pop Taylor Swift é um “trunfo do Pentágono” e uma “operação psicológica de inteferência eleitoral” que conspirou para levar o time do seu namorado Travis Kelce, o Kansas City Chiefs, à final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês) e depois vai apoiar Joe Biden na eleição presidencial deste ano.
Isso segundo as diversas teorias da conspiração que influentes direitistas dos Estados Unidos estão espalhando em relação à cantora.
Na segunda-feira (29/01), após o jogo classificatório, o influencer de direita Jack Posobiec começou uma campanha contra Swift em suas redes sociais. Para dar respaldo às teorias, ele veiculou uma publicação de 2020 da cantora no X (antigo Twitter) no qual a artista afirmava que o então presidente Donald Trump deixaria a Presidência naquele ano.
Porém, a posição de Swift não é novidade, já que a cantora apoiou a eleição de Biden nas eleições presidenciais que o levaram à Casa Branca.
Por conta desse resgate, na manhã desta quarta-feira (31/01), o influencer ironizou as críticas que recebeu em relação às teorias sobre Swift e os fãs da cantora serem “operações eleitorais” dos democratas ao publicar outros tweets da cantora em críticas a Trump.
“Acho que eles estão usando Taylor Swift agora”, disse Posobiec em um vídeo postado no Facebook, alegando sem comprovação nenhuma que “eles estão se preparando para uma operação para usar Taylor Swift nas eleições contra tudo […] para Biden, eles vão pegá-la vão transformá-los em eleitores [os fãs]”.
Yeah, exactly like she did in 2020 against Trump
It's really not that complicated https://t.co/Uui9g9pFk7 pic.twitter.com/Pjw7aAK7na
— Jack Poso ?? (@JackPosobiec) January 31, 2024
As teorias também vieram de outras personalidades, inclusive do ex-candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy, que desistiu da candidatura para favorecer Trump. Segundo ele, em resposta a uma postagem de Posobiec, falou sobre a final do Super Bowl, dizendo que se questiona de quem irá ganhar a partida, já, para ele, pode haver um “grande endosso presidencial vindo de um casal artificialmente apoiado culturalmente”.
“Apenas algumas especulações malucas aqui, vamos ver como envelhece nos próximos oito meses”, publicou no X.
Twitter/Chiefs Brasil
Cantora Taylor Swift e seu namorado, o jogador de futebol americano Travis Kelce, após vitória do Kansas City Chiefs no domingo (28/01)
As teorias conspiracionistas da extrema direita norte-americana revelam um temor de que Swift, que já se posicionou diversas vezes contra Trump, defende pautas como o casamento homoafetivo e legalização do aborto, apoie novamente Biden e influencie seus milhões de seguidores e fãs nas eleições presidenciais de novembro.
“Nunca estive tão convencido de que o Super Bowl é fraudado. Com toda a cobertura desnecessária e indesejada de Taylor nos jogos. A jornada do Kansas City (KC) até o Superbowl – totalmente roteirizada. Próximo…Travis e Taylor juntos no Super Bowl, parecendo felizes e apaixonados. Então KC vence. E mais tarde anunciaram seu apoio a Biden. Coincidência? Não”, disse Jack Lombardi, outro influenciador ultradireitista que tentou, sem sucesso, se eleger como deputado em 2022.
I have never been more convinced that the Super Bowl is rigged.
With all the unneeded and unwanted Taylor coverage at the games. KC's journey to the Superbowl – totally scripted.
Next…
Travis and Taylor together at the Super Bowl, appearing happy, and in love. Then KC… pic.twitter.com/CEUjDCQ2zg
— Jack Lombardi II (@JackLombardi) January 29, 2024
Essa não foi a única postagem de Lombardi, ele publicou novamente em relação ao casal, dessa vez falando que o relacionamento de Swift e Kelce “tem um propósito, capturar e manipular os sentimentos das mulheres norte-americanas”.
As tentativas de ligar a cantora pop à teorias conspiratórias não se limitaram nas redes sociais. Na emissora Fox News, conhecida pelo apoio ao Partido Republicano, o apresentador Jesse Watters afirmou que Swift era um “trunfo controlado pelo Pentágono”, uma “operação psicológica de interferência eleitoral” e “apoiada por forças de esquerda” para promover a reeleição de Biden.
“Há cerca de quatro anos, a unidade de operações psicológicas do Pentágono sugeriu transformar Taylor Swift em um trunfo, durante uma reunião da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Que tipo de ativo? Uma operação psicológica para combater a desinformação online”, acusou o apresentador.
Por sua vez, um porta-voz do Pentágono respondeu Watters, afirmando que iria “se livrar dessa teoria de conspiração”.