O chanceler israelense Israel Katz publicou nesta segunda-feira um apelo aos países que são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), para que a Turquia seja expulsa da aliança militar do Ocidente.
“Peço a todos os membros da OTAN para que excluam imediatamente a Turquia. Os Estados Unidos e o mundo ocidental devem denunciar Erdogan e parar as suas atividades destrutivas”, disse Katz, que também acusou Ancara de “albergar a sede do Hamas”.
A mensagem do chanceler israelense foi uma reação às recentes declarações do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que também causaram polêmica, por fazerem alusão a uma possível invasão de Tel Aviv por parte do exército turco.
Em evento realizado neste domingo (28/07), promovido pela sigla governista Partido da Justiça, Erdogan disse acreditar que os objetivos militares de Israel não se resumem ao massacre que comete atualmente na Faixa de Gaza – onde já foram mortos mais de 39 mil civis palestinos.
Erdogan também fez uma alusão sobre uma possível invasão de Israel, caso as operações militares israelenses ameaçarem território turco.
“Não esperem que Israel pare em Gaza. Se não parar, este Estado feroz e terrorista seguirá com seu plano até chegar à Anatólia (região que compreende boa parte do território turco), de acordo com o plano dos seus líderes de ‘recuperar a terra prometida’”, denunciou Erdogan.
O presidente turco disse que “nossa defesa da Palestina busca frear o ímpeto de Israel, que coloca em risco toda a região”.
Logo em seguida, ao se referir a um possível avanço das forças israelenses às proximidades do território do seu país, Erdogan afirmou que em caso de uma ameaça militar israelense, a Turquia reagiria invadindo Tel Aviv.
“Assim como entramos em (Nagorno) Karabakh e na Líbia, faremos o mesmo com eles (Israel)”, acrescentou o líder turco.
A declaração faz referência às invasões militares promovidas pelo seu país. No caso da Líbia, a invasão aconteceu em janeiro de 2020, quando seus soldados interviram na chamada Segunda Guerra Civil da Líbia. Sobre Nagorno Karabakh, a menção diz respeito ao apoio do governo turno ao Azerbaijão, no conflito bélico contra a Armênia pelo controle desse território, que atualmente está sob domínio azerbaijano.