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Charles Émile Lévy Waldteufel, conhecido pelo nome de Émile Waldteufel, compositor francês de música popular assim como de numerosas obras para piano de valsas e polcas, morre em Paris em 12 de fevereiro de 1915.
Waldteufel, que em alemão significa ‘diabo do bosque’ nasceu na Alsácia numa família de músicos judeus em 9 de dezembro de 1837. Seu avô, Moyse Levy, músico ambulante em Bischheim, Alsácia, foi quem escolheu para si o pseudônimo de Waldteufel. Um de seus filhos, Lazare Lévy, conhecido como Louis Waldteufel, violinista e regente de orquestra, teve quatro filhos : Achille ; Isaac, conhecido como Léon, chefe de orquestra dos bailes da corte e da presidência ; Salomon conhecido como Édouard e Charles Émile, quem foi o mais conceituado e mais prolífico compositor da família.
Em 1844, a família muda-se para Paris a fim de que Léon pudesse aprender violino no Conservatório. Por seu turno, de 1853 a 1857, Émile inscreve-se e cursa os estudos de piano no mesmo local. Jules Massenet e Georges Bizet são seus colegas de classe. Waldteufel, como muitos outros pianistas de sua época, compunha ao piano suas obras, porém com a perspectiva de orquestrações ulteriores em função das condições de representação – salões privados, salões de baile ou bailes ao ar-livre.
Durante o Segundo Império, Waldteufel escreveu numerosas danças que logo se tornaram bastante notórias. Em 1865, particularmente apreciado pela imperatriz Eugênia, torna-se diretor da música de dança da corte imperial de Napoleão III e pianista favorito da imperatriz. Ficou encarregado de animar as famosas ‘soirées’ dançantes de Biarritz e Compiegne. A partir de 1867, a orquestra de Waldteufel passou a animar os bailes nas Tuilerias, assumindo o lugar de Isaac Strauss que Berlioz chamou em suas memórias de “o Strauss de Paris”, e depois os bailes no Palácio dos Eliseus após a guerra franco-prussiana.
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Em 1874, ele é notado pelo príncipe de Gales, o futuro rei Eduardo VII, que propõe ao compositor fazer-se conhecido na Grã Bretanha. Segue-se um contrato com a sociedade editora londrina Hopwood & Crew, que lhe permite tocar nos bailes patrocinados pela rainha Victoria no Palácio de Buckingham. Sua música dominou os ambientes mundanos e sociais durante muito tempo. A Valsa dos Patinadores (1882) lhe valeu fama internacional, tendo sido fartamente executada em Londres, Berlim, Paris, Viena, com enorme sucesso popular até o começo do século 20.
A música de Waldteufel é caracterizada por um senso melódico dentro da tradição dos melodistas franceses de sua época tais como Gounod, Saint-Saëns ou Bizet. Sua inspiração se estende das óperas cômicas de Audran, Lacome ou Offenbach até a música popular bávara, que conheceu por intermédio de sua mãe, ou o folclore da Boêmia.
Sua abundante produção musical compõe-se basicamente de valsas, polcas e mazurcas assim como de canções melódicas que construíram sua reputação.
A utilização de Amor e Primavera como indicativo da emissão francesa televisionada Cine-Clube foi durante muito tempo uma rara ocasião de ouvir a música de Waldteufel já no final do século 20. Em nossos dias a Valsa dos Patinadores e um punhado de outras peças continuam a ilustrar filmes, telefilmes (Chez Maupassant, primeira temporada), desenhos animados (Bob Esponja) e publicidades (Afflelou).
Suas cinzas foram depositadas sob uma pedra de túmulo no cemitério Pere-Lachaise em Paris.
Em Estrasburgo, uma placa comemorativa ornada por um medalhão em bronze esculpido por Clement Weber está aposta sobre sua casa natal na Grand Rue 84.
Também nesta data:
660 a.C. – Jinmu Tenno funda o Império do Japão
1482 – Tomás de Torquemada é nomeado inquisidor
1650 – Morre filósofo francês René Descartes
1950 – Governo comunista afirma ter o controle de toda a China
1966 – Morre o primeiro-ministro da Índia, Lal Bahadur Shastri, após assinar tratado de paz com o Paquistão
1990 – Libertado o ativista sul-africano Nelson Mandela