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Hoje na História

Hoje na História: 49 a.C. - Júlio Cesar atravessa o rio Rubicão

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A partir daquele momento, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entrou em Roma

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-01-11T14:35:00.000Z

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No comando da XIII Legião, Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separa a Gália Cisalpina e a Itália em 11 de janeiro de 49 a.C.. À época, o Senado romano proibia formalmente a todo general em armas de transpor essa fronteira sem expressa autorização. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou: “Alea jacta est” (A sorte está lançada). 

A partir daquele momento, ninguém mais seguraria Júlio César. O general, estadista, orador, historiador e legislador romano, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entrou em Roma, afastou Pompeu e, ao fim de uma longa guerra civil, submeteu o conjunto do Império Romano aos seus desígnios de ditador vitalício. 

É de se notar que, diferentemente do que o senso comum imagina, Júlio César nunca foi princeps (em latim, o primeiro no tempo ou no fim; o primeiro chefe; o mais eminente distinguidos ou nobre; o primeiro homem; primeira pessoa), portanto, Júlio César não pode ser considerado imperador romano, ainda que tivesse sido nomeado ditador vitalício em 45 a.C.

César tornou-se nome de família da primeira dinastia, sendo usado como título. E atravessou milênios: os títulos Czar, em russo, e Kaiser, em alemão, não passam de uma tradução do César romano. 

Trajetória 

Júlio César nasceu no ano 100 a. C., filho de uma família patrícia. Começou sua carreira política tomando parte da batalha que opôs seu tio Marius, chefe da facção popular, a Silas, chefe da facção senatorial. 

A partir do ano 70 a. C. começou a ascender politicamente. Torna-se sucessivamente tribuno, militar, pró-cônsul, edil e pretor. Em seguida, governador da Gália Cisalpina e transalpina e mais adiante, pró-pretor na Espanha. 

Em 59 a. C., é nomeado cônsul de Roma, graças ao triunvirato que havia formado com Pompeu e Crasso, fruto de uma aliança secreta. No ano seguinte, se lança nas Guerras da Gália, submetendo ao seu mando diversos povos do Norte. Em 51 a. C., após um longo cerco em torno da Alésia (a Borgonha), o chefe Vercingetorix depôs as armas e se rende a César. A Gália é conquistada para a glória do comandante romano. 

Wikimedia Commons
Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado

Depois do episódio da travessia do Rubicão e após a sua entrada triunfal em Roma, Júlio César perseguiu e esmagou as tropas de seu rival Pompeu em Tessália. Pompeu e os senadores tinham abandonado Roma e se dirigido à Grécia. Pompeu, vencido, buscou refúgio no Egito, junto ao rei Ptolomeu XIII, que temendo a represália de César, mandou assassiná-lo. César vai atrás de Pompeu no Egito e lá toma conhecimento do assassinato.

O episódio deixou Ptolomeu em conflito com sua irmã-esposa Cleópatra em maus lençóis. Quando a encontrou, o general romano vê-se imediatamente seduzido pela rainha egípcia. Depois que seus exércitos derrotaram as tropas de Ptolomeu, César oferece o trono do Egito a sua amada.

César estava no auge de sua glória e poder. O imperador reinava nos dois lados do Mediterrâneo. Em Roma, exercia um poder absoluto e adotou algumas medidas que favoreceram os mais pobres. 

Assassinato

Porém, em 15 de março de 44 a. C., Júlio César, que se havia proclamado ditador vitalício, é assassinado. Em plena sessão do Senado, cerca de 50 senadores partidários da restauração da república oligárquica atiram-se sobre ele e lhe conferiram 23 golpes de espada. César caiu ao pé da estátua de seu antigo rival Pompeu. Entre os conspiradores encontrava-se Brutus, filho da amante do imperador, por quem tinha uma grande estima, e Cássio, general romano. Ao perceber Brutus entre seus agressores, dirigiu-se a ele em grego: "Kai su Brutus teknon", que se pode traduzir em latim popular por “Tu quoque, Brutus fili mii (Até tu, Brutus, filho meu). 

O corpo do ditador foi levado por escravos e incinerado no Campo de Marte, como impunha a tradição. Em seu testamento, Júlio César designou por herdeiro o filho adotivo, Otávio, futuro imperador Augusto. Depois da morte de César, abriu-se uma luta pelo poder entre o seu sobrinho-neto César Augusto e Marco Antônio, que haveria de resultar na queda da República e na fundação do Império Romano, de cujo trono se apossou Marco Antônio. 

A obra escrita de César, que o coloca entre os grandes mestres da língua latina, destaca-se pelo texto De Bello Gallico, que traz comentários sobre as campanhas da Gália. As narrativas, aparentemente simples e diretas, são na realidade sofisticadas manobras de propaganda política dirigidas ao patriciado de Roma.

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Acompanhe a cobertura sobre a pandemia de covid-19 no planeta

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-14T18:40:00.000Z

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A China registrou nesta quinta-feira (14/01) sua primeira morte por covid-19 em oito meses. O primeiro caso da doença foi notificado no país há um ano, que havia praticamente erradicado a epidemia desde abril, graças ao controle dos movimentos da população, ao uso generalizado da máscara e ao rastreamento de contaminações pelo telefone celular. 

Nos últimos meses, os contágios vêm aumentando na China, mesmo que em proporção bem menor do que em outros países. 

Nesta quinta-feira, as autoridades chineses anunciaram o pior balanço desde o mês de março de 2020. A maioria das novas contaminações foram notificadas em Hebei, a província em torno da capital, Pequim, com 81 novos doentes e onde a morte foi registrada.

O último caso fatal havia sido notificado em maio. Segundo o governo chinês, o número total de óbitos já totalizou 4.635 vítimas.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


A notícia gerou milhões de reações na rede social Weibo, a mais utilizada no país, equivalente ao Twitter. "É chocante. Fazia tanto tempo que eu não tinha ouvido falar de morte na China", escreveu um internauta, que espera rapidamente pelo fim da epidemia. Nos últimos dias, vários focos de contaminação apareceram no país. 

A província de Heilongjiang, perto da Rússia, decretou estado de emergência e seus 37,5 milhões de habitantes não podem deixar a região, para evitar aglomerações. Uma das cidades da província, Suihua, foi colocada em quarentena nesta segunda-feira (11/01). Os moradores devem ficar em casa e os transportes públicos foram suspensos. 

O aumento do número de casos de covid-19 preocupa as autoridades com a chegada do Ano Novo chinês, que acontece, neste ano, no dia 12 de fevereiro e é marcado pela circulação intensa da população de uma região a outra. É pouco provável, entretanto, que o vírus se propague em grande escala, disse Feng Zijian, diretor-adjunto do Centro Nacional de Controle e Prevenção das Doenças.

Equipe da OMS chega à Wuhan

A equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar a origem do coronavírus chegou nesta quinta-feira à cidade chinesa de Wuhan, berço da epidemia. As imagens da chegada foram transmitidas ao vivo pela televisão pública CGTN.

Pequim busca descartar qualquer responsabilidade pela pandemia que já causou quase dois milhões de mortes no mundo. Prevista inicialmente para a semana passada, a viagem foi adiada no último minuto, por não ter todas as autorizações necessárias. Os especialistas terão de respeitar uma quarentena de duas semanas em território chinês.

A equipe é formada por 10 cientistas de diferentes nacionalidades e deverá durar entre cinco e seis semanas. O objetivo é explorar "todas as pistas", "sem designar um culpado", indicou Fabian Leendertz, do instituto Robert Koch, na Alemanha. "Trata-se de entender o que aconteceu para reduzir os riscos no futuro", declarou.

Comitê da OMS se reúne para tratar variantes do coronavírus

O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá na quinta-feira, com duas semanas de antecipação, para tratar das variantes do novo coronavírus, muito mais contagiosas e que preocupam autoridades de todo o mundo.

O comitê costuma se reunir a cada três meses, mas "desta vez, o diretor-geral convidou os membros duas semanas antes do previsto para estudar os temas que requerem um debate urgente. Trata-se das recentes variantes e do uso de certificados de vacinação e teste para viagens internacionais", explicou a OMS em um comunicado publicado na noite desta quarta-feira (13/01).

Após o encontro serão publicadas as recomendações  da organização. Foi esse comitê que, durante sua segunda reunião, em 30 de janeiro de 2020, aconselhou o diretor-geral da organização sanitária da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a declarar a emergência de saúde pública de alcance internacional (o alerta máximo no tema das epidemias).

Segundo a OMS, a variante detectada inicialmente no Reino Unido já está em 50 países e territórios, enquanto a sul-africana foi identificada em 20, embora esta estimativa possa estar subestimada. Uma terceira mutação, originária da Amazônia brasileira e que o Japão anunciou ter descoberto no domingo, está sendo analisada e poderia ter um impacto na resposta imunológica, segundo a organização, que a considerou uma "variante preocupante".

 (Com RFI)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

Saúde

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