Anteriormente um teatro para operetas, pantomima, reuniões políticas e vaudeville, a Folies Bergère estreia em Paris em 3 de dezembro de 1886 um espetáculo de revista (gênero popular de teatro musical) bem elaborado apresentando mulheres com figurinos sensacionais. A moda, a partir de 1830, era batizar as salas de espetáculo com o nome de “Folies” (loucuras) seguido do nome do quarteirão ou de uma rua próxima de onde se localizavam.
O “Folies” foi o primeiro local de entretenimento noturno de Paris. Nos anos 1890 deu vazão ao gosto parisiense pelo strip-tease e rapidamente ganhou imensa reputação particularmente pelos espetaculares shows de nudismo. O teatro não se preocupava com as despesas, levando ao palco revistas que apresentavam por vezes mais de 40 quadros, mil figurinos, empregando nos bastidores cerca de 200 pessoas.
Na verdade o Folies Bergère datava de 1869, quando abriu as portas como o primeiro grande “music hall” de Paris. Produzia óperas ligeiras e pantomimas com cantores desconhecidos que pouco depois experimentaram rotundo fracasso.
Maior sucesso veio em 1870 quando o Folies Bergère levou a cena espetáculos de vaudeville. Entre outros números, os primeiros shows de vaudeville apresentavam acrobatas, encantadores de serpente, um canguru boxeador, elefantes amestrados, o homem mais alto do mundo, além de um príncipe grego com seu corpo totalmente coberto por tatuagens supostamente como punição por ter tentado seduzir a filha do xá da Pérsia.
Era permitido que o público bebesse e se encontrasse nos jardins internos e áreas de passeio do teatro. O Folies Bergère tornou-se sinônimo das tentações eróticas da capital francesa. Famosos pintores como Édouard Manet e Henri de Toulouse-Lautrec tinham lugar cativo no Folies.
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Local tornou-se importante centro do entretenimento noturno da cidade de Paris
Em 1886, o Folies Bergère passou a ter uma nova direção e, em 3 de dezembro levaram à cena a primeira revista musical. O quadro “Place aux Jeunes,” apresentando lindas coristas com trajes sumários, conquistou um tremendo sucesso. As mulheres do Folies foram se apresentando cada vez com menos roupa à medida que se aproximava o século XX. Os figurinos e os esquetes tornaram-se mais e mais audaciosos. Entre os artistas que marcaram o início de suas carreiras no Folies pode-se mencionar Yvette Guilbert, Maurice Chevalier e Mistinguett.
A cantora e dançarina afro-americana Josephine Baker fez sua estreia no Folies em 1926, baixando do alto coberta por uma esfera adornada com flores que se abria quando chegava ao piso do palco, mostrano-a vestida com uma pequena tanga ornada de bananas.
O Folies Bergère permaneceu envolto em sucesso internacional até meados do século XX iniciando um leve porém persistente declínio. No entanto, pode até hoje ser visitado em Paris, apesar de ser local cedido também para shows e concertos de outros artistas e empresários.
Todavia, o Folies Bergère mantém uma tradição que remonta há mais de um século: o título do espetáculo contém sempre treze letras e deve incluir a palavra “Folie”.
Hoje na História:
1867 – No segundo confronto entre forças da Tríplice Aliança e tropas paraguaias na lagoa de Tuiuti, os brasileiros derrotam a divisão do general Vicente Barrios
1903 – Com auxílio dos EUA, Panamá proclama independência da Colômbia
1910 – No salão do Automóvel de Paris, o inventor Georges Claude apresenta a lâmpada de neon
1941 – É dada a ordem para o bombardeio a Pearl Harbor
1948 – Chicago Tribune erra resultado das eleições nos EUA
1994 – Astrônomos ingleses descobrem galáxia de Dwingeloo 1
2001 – Multinacional e gigante ener´gética Enron vai àm falência