O presidente de Bangladesh, Ziaur Rahman, é assassinado em 30 de maio de 1981 na cidade de Chittagong, no sudeste do país. Acredita-se que Ziaur tenha morrido de madrugada, quando rebeldes armados invadiram a residência de hóspedes do governo.
O noticiário revelou que ele teria sido metralhado quando abriu a porta de seu quarto para ver o que estava acontecendo do lado de fora. Oito pessoas morreram no tiroteio que se seguiu, inclusive um oficial da segurança, um guarda-costas do presidente e um dos atacantes.
Acreditou-se que o assassinato fazia parte de uma rebelião no seio do Exército. Forças governamentais tomaram o controle da cidade e saíram para capturar o líder rebelde. Uma informação da radio de Bangladesh dizia que o general Manzur estava escondido nas colinas de Chittagong, enquanto outra notícia informava que ele havia sido capturado.
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31 policiais foram acusados de tentativa de golpe contra o presidente
Há relatos que Manzur se decidiu pela tentativa de golpe de Estado em parte porque estava ressentido de ter sido transferido para um posto, sem comando, em Daca.
Em seguida à morte do presidente de 45 anos, os opositores anunciaram que haviam formado um comitê revolucionário. No entanto, diplomatas afirmaram que eles fracassaram em angariar o apoio das unidades militares espalhadas por Bangladesh.
Com efeito, o Exército, sob o comando do Chefe do Estado-Maior, general Hussain Muhammad Ershad, permaneceu leal ao governo de Daca e rapidamente sufocou a rebelião. Oficialmente, o governo de Bangladesh declarou que o atentado na cidade portuária foi levado a cabo por “alguns poucos facínoras”.
Abdus Sattar, nomeado sucessor, declarou “estado de emergência” e decretou 40 dias de luto. Também intimou o general Manzur a se render. O aeroporto de Daca foi fechado e todas as ligações via telefone e telex para a Índia foram suspensas.