O geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves, que também atuou como ativista ambientalista, morreu na noite desta quarta-feira (06/09), em Florianópolis, Santa Catarina. A causa da morte ainda não foi informada pela família ou amigos próximos.
Porto-Gonçalves foi companheiro de luta do líder seringueiro Chico Mendes em Xapuri e presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) de 1998 a 2000. Foi professor na Universidade Federal Fluminense (UFF) de 1987 a 2019, quando se aposentou.
Nos últimos anos, atuou como professor visitante na Universidade Federal de Santa Catarina. O doutor em Geografia também já tinha lecionado na Universidad Nacional de Córdoba, na Argentina.
Ao longo de sua carreira, recebeu o prêmio Chico Mendes na Categoria de Ciência e Tecnologia pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2004 e outras premiações na América Latina por sua atuação na área da geografia e lutas sociais.
Senge RJ/Giorgia Prates
Nos últimos anos, atuou como professor visitante na Universidade Federal de Santa Catarina
Segundo ele, “sempre teve preocupação de fazer uma Geografia que tivesse um conteúdo político embutido dentro dela”, afirmou Porto-Gonçalves em uma entrevista concedida grupo GeoBrasil, da UFRJ, em 2001.
Falando sobre seus trabalhos sobre a Amazônia, o geógrafo definiu sua atuação como “a política por dentro do próprio processo de constituição social, ou seja, enquanto um processo de intervenção por meio da sociedade e não uma geografia política partindo do Estado”.