Morreu na madrugada desta sexta-feira (03/09), em São Paulo, o ator Sérgio Mamberti, aos 82 anos. Ele estava internado em hospital da rede Prevent Senior com uma infecção nos pulmões e faleceu em decorrência de falência múltipla de órgãos..
Em julho deste ano, Mamberti havia sido hospitalizado para tratar de uma pneumonia e chegou a passar por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após cerca de 15 dias, se recuperou e teve alta.
O ator colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum.
Também participou de produções da TV Globo. Um de seus papéis de maior destaque foi o mordomo Eugênio, de Vale Tudo, novela exibida pela emissora entre 1988 e 1989 e que marcou época na teledramaturgia brasileira.
Mamberti também foi um importante diretor de teatro. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.
Apoio a Opera Mundi
Mamberti foi uma das primeiras personalidades a apoiar a campanha de assinaturas solidárias de Opera Mundi, e chegou a gravar um vídeo pedindo a colaboração dos leitores para a manutenção do projeto:
Defesa da democracia
O ator, diretor e ex-presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) era crítico do governo de Jair Bolsonaro. Em outubro de 2019, em entrevista à Rádio Brasil Atual, ele classificou os ataques do governo Jair Bolsonaro à diversidade cultural não como retrocesso, mas como uma regressão. Ele afirmou que os artistas, desde o impeachment de Dilma Rousseff, não enxergavam mais conquistas, mantendo-se apenas na resistência contra a censura e cortes de verbas.
Em entrevista aos jornalistas Glauco Faria e Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Mamberti disse que o Ministério da Cultura só não acabou, no governo Temer, porque houve luta. “Nós gritamos, mas quase foi extinto por duas vezes. Enquanto no período Lula e Dilma, houve grandes avanços de recursos e políticas públicas implementadas na cultura”, relembrou.
(*) Com Rede Brasil Atual