O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (13/06) medidas que vão desde a diminuição do horário dos letreiros luminosos à obrigatoriedade do uso parcial de equipes de geração autônoma em organismos públicos para racionar o consumo de energia que está em situação limite.
O vice-presidente do governo, Elías Jaua, afirmou que o Executivo quer um “uso racional da demanda” em um ato convocado para nesta segunda-feira depois que no fim de semana passado uma falha em uma subestação do estado Zulia provocou um blecaute que deixou várias regiões do ocidente do país sem luz.
O ministro da Energia Elétrica, Alí Rodríguez, culpou o “esbanjamento típico” da sociedade venezuelana, mas disse que há elementos que justificam a maior despesa como o desenvolvimento econômico, o aumento de renda da população, o crescimento natural e a melhoria do funcionamento de transportes como a ferrovia.
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Jaua informou que as instituições e os organismos públicos vão ter que tomar medidas para o uso restritivo da iluminação, refrigeração e do consumo em geral, entre outros aspectos, assim como a criação de “grupos de gestão de energia” a fim de executar e monitorar ações que evitem desperdícios.
Rodríguez lembrou que a tarifa é altamente subsidiada no país e que enquanto no ano 1999 o consumo máximo de energia foi de 10.854 megawatts (MW) em 2011 já passou para 17 mil MW e estima-se que para os meses de setembro e outubro supere os 18,5 mil MW.
Além disso, reconheceu que a falta de uma “cultura de manutenção” na Venezuela fez com que tenha 7 mil MW da rede fora de serviço.
A instalação de novas capacidades e a reabilitação de geração hoje inabilitada permitirá a geração de 9.172 megawatts para o ano que vem, disse.
O plano foi decidido após o Governo insistir nos últimos meses que não vai propor medidas de racionamento de energia este ano, após dar por encerrado o estado de emergência em 2010.
Em fevereiro de 2010, o governo estabeleceu um racionamento do serviço com cortes programados em todo o país por período de vários meses, como consequência de uma seca que o Executivo qualificou como a pior em 45 anos.
O presidente do partido conservador Copei, Roberto Henríquez, exigiu nesta segunda-feira em entrevista coletiva que se estabeleçam “responsabilidades penais” aos responsáveis do equipamento energético do país, ao afirmar que “não é verdade que os cidadãos sejam os culpados”, e que a economia nacional está decaindo.
“O problema (de geração) para este ano já devia estar resolvido”, assinalou ao lembrar os anúncios após 2010.
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