Deputados norte-americanos apresentarão na quinta-feira (30/06) uma proposta para legalizar o consumo da maconha nos Estados Unidos e permitir que os estados legislem sobre seu uso, regulamentem e cobrem impostos sobre a produção e a comercialização da droga.
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“A legislação limitaria o papel do governo federal no controle da maconha e permitiria aos cidadãos plantar, usar ou vender maconha legalmente nos estados onde for legal”, explicou o comunicado dos representantes democrata, Barney Frank, e republicano, Ron Paul, que encabeçam a proposta.
Esta é a primeira iniciativa que chega ao Congresso referente a legalização da maconha. No ano passado, a Califórnia rejeitou por referendo a legalização total. Atualmente, nos EUA em 16 dos 50 estados, assim como o distrito de Columbia, o uso da maconha para fins terapêuticos é legalizado. Entretanto, plantar, vender ou distribuir comercialmente maconha é ilegal, segundo a legislação federal.
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A nova proposta, por sua vez, tem como objetivo acabar com o conflito entre estados e governo federal sobre a política a seguir com relação à maconha.
Consumo
Há três semanas, um grupo de prestigiosos ex-líderes mundiais, entre eles o ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Kofi Annan e vários ex-presidentes latino-americanos denunciaram o “fracasso” da luta mundial antidrogas e pediram mudanças “urgentes”, entre eles “descriminalizar” o consumo da canabis.
De acordo com relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira (23/06), a América do Norte, em particular os Estados Unidos, continua a ser o maior mercado de drogas do mundo. O documento mostra que as apreensões de cocaína na América do Norte
diminuíram 43% entre 2005 e 2009, mas, no mesmo período, houve aumento
das apreensões de anfetaminas (87%), ecstasy (32%), maconha (71%) e
heroína (19%).
No mundo, o consumo de opiáceos aumentou 35,5%; o da cocaína, 27% e o de canabis, 8,5% entre 1998 e 2008, segundo números deste Comitê Global de Políticas Antidrogas.
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