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Política e Economia

Em declaração final, países não-alinhados apoiam energia nuclear pacífica e criação de um Estado palestino

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Cúpula realizada no Irã contou com representantes de 120 países, sendo que 30 mandaram chefes de Estado ou de governo

João Novaes (*)

2012-09-01T16:00:00.000Z

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A 16.ª Cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados terminou nesta sexta-feira (31/08) em Teerã, capital persa, após dois dias de debates centrados na questão nuclear. Os representantes dos 120 países-membros adotaram uma declaração final afirmando o direito de todos os países à energia nuclear pacífica, a necessidade de um desarmamento nuclear e à criação de um Estado palestino. Também rejeitaram que um país ameace e implemente sanções unilaterais a outro. Trinta chefes de Estado e de Governo participaram da reunião.

“A ocupação da Palestina e os crimes cometidos pelo regime sionista nos territórios ocupados tem sido sempre a raiz das tensões no Oriente Médio”, afirmaram os assinantes da Declaração de Teerã. Segundo o documento, toda solução para colocar fim à crise deve incluir modos para acabar com a ocupação e restituir os direitos inalienáveis da nação palestina – entre eles, a porção oriental de Jerusalém como sua capital.
 

Além disso, a declaração afirma que as armas atômicas são as mais inumanas de todas as armas, e que o TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear) “não pode servir de desculpa para que as grandes potências mantenham arsenais nucleares”.

Para o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, os países “devem passar das palavras às ações” para que o tratado seja efetivado na prática. 

Ban x Kamenei

O secretário-geral da ONU, o sul Coreano Ban Ki-moon, também esteve presente ao evento e se indispôs com o guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Kamenei. O líder religioso havia acusado  o Conselho de Segurança da entidade de estabelecer uma ditadura que condenou e sancionou reiteradamente o Irã, em razão do programa nuclear do país – acusado pelos EUA e seus aliados de terem fins militares, o que Teerã nega. Em resposta,  Ban pediu que o país persa prove que seu programa nuclear é pacífico.

Esse pedido foi feito depois de um relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que considera que Teerã aumentou a sua capacidade de enriquecimento de urânio – sem no entanto apresentar provas sobre os objetivos militares.

É "lamentável que o Irã não tenha chegado a um acordo com a AIEA em um plano para resolver todos os assuntos em questão", afirmou Ban em um comunicado divulgado nesta sexta-feira por seu porta-voz, Martin Nesirky. Uma "solução diplomática e negociada (...) deve incluir medidas do Irã para gerar a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear", acrescentou.

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Política e Economia

Economia e ecologia: os dois principais desafios do segundo mandato de Macron

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Novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-28T17:06:00.000Z

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Menos de uma semana após o anúncio do novo governo francês, as principais revistas do país enumeram os desafios que esperam a equipe da primeira-ministra Élisabeth Borne. Além das questões econômicas, apresentadas como prioridade diante de uma crise de poder aquisitivo que irrita a população, essa nova gestão também promete ser marcada por pautas ambientais, mobilizando vários membros do governo. 

Com a manchete “A grande crise econômica que nos ameaça”, Le Point dá o tom do que espera o governo francês. A revista semanal traz uma grande reportagem sobre o tema da inflação e da recessão que atingem boa parte do mundo e tenta explicar o impacto desse panorama nada otimista na França.

“Nós pensávamos que 2022 seria uma continuidade de 2021, ano da retomada econômica, com um crescimento de 7% no país”, resume o texto. Mas isso foi sem contar com os aspectos geopolíticos que estremeceram um contexto menos estável do que parecia. “A guerra na Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia jogaram óleo quente em um fogo que estava calmo. De uma hora para outra, os preços das matérias-primas, da energia e os alimentos se inflamaram”, aponta Le Point.

Diante desse panorama, o novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado. “Élisabeth Borne vai precisar de toda a sua experiência com ex-ministra do Trabalho para navegar nas águas turvas da economia francesa”, anuncia a reportagem.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Após reeleição, Macron anunciou um novo governo na França

Além disso, como aponta a revista L’Express, esse novo governo ainda tem pela frente o desafio de provar que pode melhorar a economia do país e ser ecológico ao mesmo tempo. Para isso, não apenas uma, mas duas ministras vão concentrar seus esforços nas questões ambientais: Amélie de Montchalin, que assumiu a pasta da Transição Ecológica e da Planificação dos territórios, e Agnès Pannier Runacher, com à frente da Transição Energética. Para completar, a própria primeira-ministra vai dirigir o que Macron batizou de Planificação ecológica.

No entanto, nenhuma das três tem experiência concreta em assuntos ecológicos e as duas ministras tem um perfil claramente “liberal e pragmático”, o que preocupa algumas ONGs ambientais. A revista L’Obs, que também traz uma grande reportagem sobre os desafios ecológicos do segundo mandato de Macron, vai além e diz que as duas ministras, que têm um “pró-business”, nunca tiveram nenhum tipo de engajamento ambiental em suas carreiras.

Mas L’Obs lembra que mesmo se em seu discurso de vitória Macron prometeu transformar a França em uma “grande nação ecológica, o próprio chefe de Estado, durante sua primeira gestão, não esbanjou declarações ecológicas. A revista, que não cita as alfinetadas dadas pelo líder francês no presidente brasileiro Jair Bolsonaro, criticando a gestão na proteção da Amazônia, afirma que boa parte das promessas feitas por Macron sobre o meio ambiente durante seu o primeiro mandato não tiveram grandes resultados concretos.

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