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Política e Economia

Nos EUA, grupo que oferecia "cura gay" pede desculpas e fecha as portas

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Em comunicado, a Exodus se desculpou com homossexuais por "anos de pré-julgamentos da Igreja como um todo"

Dodô Calixto

2013-06-20T15:00:00.000Z

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Foram 37 anos dizendo que a homossexualidade era um desvio. A missão era, até esta quarta-feira (20/06), “ajudar” os gays a reencontrar "o caminho para ser um cristão pleno”. No entanto, a organização Exodus International mudou de ideia, pedindo desculpa pelos tempos de represálias aos casais do mesmo sexo. “Uma nova geração de cristãos está procurando mudanças. Ele querem ser ouvidos”, afirmou à imprensa dos EUA o líder da entidade, Tony Moore.

A Exodus anunciou ontem que vai fechar as suas portas e não irá mais oferecer a “cura gay”, que foi  o carro chefe da organização desde 1976, quando começou a "recuperar" as pessoas. “ Nós fazemos parte de uma comunidade conservadora cristã. Mas nós cessamos e agora queremos vida, um organismo que respira”, disse Moore.

Reprodução Twitter ThinkProgress

A organização Exodus International enfrentou vários protestos por oferecer a "cura gay"

Em um comunicado oficial, a Exodus pediu desculpas aos homossexuais por “anos de pré-julgamentos da Igreja como um todo”.

“É estranho fazer parte de um sistema de ignorância que perpetua e fere o sentimento das pessoas. Hoje é como se eu tivesse acabado de acordar e perceber como é doloroso ser um pecador nas mãos de uma igreja com raiva", afirmou o presidente da Exodus, Alan Chambers, à rede CNN.

Chambers é, inclusive, um dos "curados" pela Exodus. Antes de passar pela entidade, se reconhecia como homossexual. Hoje, com esposa e filhos e só após o fechamento da Exodus, assume que continua a sentir "atração pelos dois sexos".

A Exodus, que costumava promover o slogan “liberte-se da homossexualidade através do poder de Jesus", foi diminuindo suas atividades de “cura” no decorrer do anos.

Além dos constantes protestos, entidades de direitos humanos e psicologia condenavam as atividades desenvolvida pelo grupo. O estatuto oficial da Associação dos Psicólogos dos EUA afirma que “profissionais da saúde mental e da psicologia devem evitar tratar a mudança sexual por meio de qualquer terapia ou tratamento”.

Agora, os ex-membros da Exodus pretendem criar uma nova organização religiosa. Durante a semana passada, escolheram até um novo nome: “Reduce Fear” - que pode ser traduzido como “reduzir o medo”.

“É uma nova entidade para uma nova geração. Nosso objetivo é reduzir o medo das pessoas e receber aqueles que estão dispostos à mudança. Deus está nos chamando para receber a todos e armar sem impedimentos”, conclui Chambers.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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