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Política e Economia

Eleição presidencial em El Salvador vai ao segundo turno; esquerda obtém vantagem

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O candidato da esquerdista FMLN, Salvador Sánchez Cerén, teve mais votos em 13 dos 14 estados salvadorenhos

Redação

2014-02-03T04:41:00.000Z

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Atualizada às 08h

El Salvador terá de esperar 9 de março para saber quem será o novo presidente do país, quando acontece o segundo turno das eleições. De acordo com os resultados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas primeiras horas desta segunda-feira (03/02), o candidato da esquerdista FMLN (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), Salvador Sánchez Cerén, não obteve a maioria simples.

Com 99.16% dos votos processados, Sánchez Cerén tinha 48.92% do total, enquanto Norman Quijano, da direitista Arena (Aliança Republicana Nacionalista ), 38.95%. 

Giorgio Trucchi/Opera Mundi

Salvador Sánchez Cerén, candidato da esquerdista FMLN, disputa o segundo turno com o representante da direitista Arena, Norman Quijano

"Vocês escreveram uma nova página da história da democracia em El Salvador", afirmou Sánchez Cerén ao comentar os resultados preliminares. "Pela primeira vez, um povo decidiu participar com tranquilidade, alegria. Nos sentimos felizes (...) porque nos deram o triunfo no primeiro turno. Porque no segundo turno serão mais de 10 pontos de diferença".

Os outros candidatos que disputavam a presidência, Antonio Saca, da coalizão União, René Rodrigues, do Partido Salvadorenho Progressista (PSP); e Oscar Lemus, da Fraternidade Patriota Salvadorenha (FSP), tinham 11.44%, 0.42%, 0.26% dos votos, respectivamente. Sánchez Cerén só perdia para Quijano em um dos departamentos salvadorenho, Cabañas, bastião da direita desde a época da guerra civil.

Nas declarações à imprensa, Sánchez Cerén acenou positivamente para uma possível aliança com a coalizão União no segundo turno, após reforçar que irá fortalecer os laços com as "forças sociais e políticas" de El Salvador. O candidato acenou para a formação de um governo de unidade caso seja eleito. 

Professor, sindicalista, comandante guerrilheiro das forças da FMLN, Sánchez Cerén foi um dos artífices dos Acordos de Paz que puseram fim a dez anos de guerra civil em El Salvador. Já Quijano, prefeito da capital salvadorenha, San Salvador, é um político experiente da Arena, partido que, quando esteve no poder (1989-2009), aplicou um modelo neoliberal no país, que privilegiou os interesses de mercado e das grandes empresas nacionais e transnacionais.

Quase cinco milhões (4.955.107) de eleitores foram convocados a participar neste domingo (2) do processo eleitoral em El Salvador. Embora tenha ocorrido atraso na abertura de alguns locais de votação, a eleição aconteceu sem “registro de problemas ou incidentes maiores” segundo o TSE e foi elogiada por observadores internacionais.

O próximo presidente irá substituir Mauricio Funes, primeiro governante eleito pela FMLN após a guerrilha formar um partido. De 1980 e 1992, a guerra civil salvadorenha resultou na morte ou desaparecimento de 75 mil pessoas. Em 1992, com a assinatura dos acordos, a FMLN abandonou as armas e se transformou em partido político.

A campanha da esquerda apostou na continuidade do governo Funes, voltado para o desenvolvimento de programas sociais e no combate à violência, um dos principais problemas em El Salvador. Por outro lado, a oposição, liderada por Quijano, amparou sua campanha nas temáticas da insegurança, violência e militarização da sociedade.

* Com informações do enviado especial a San Salvador, Giorgio Trucchi

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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