Atualizada às 19h22
Manifestantes foram às ruas em diversas cidades do Brasil nesta quinta-feira (30/05) em mais um protesto a favor da educação e contra os cortes anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Logo cedo, em Rio Verde, Goiás, manifestantes começaram a se organizar com um ato no centro da cidade. Outras cidades do Estado, como Catalão e Posse, também tiveram atos de rua.
Um das primeiras capitais do país a protestar contra os cortes na educação foi Teresina, no Piauí, na manhã desta quinta. “Eu não abro mão da previdência e da educação”, gritavam os estudantes piauienses da cidade de Timon que chegavam a Teresina para participar da mobilização. Eles se concentraram em frente à sede do INSS e saíram em passeata pelas ruas da capital.
No interior do Ceará, houve protestos nas cidades de Quixadá e Limoeiro do Norte. “Que contradição! Tem dinheiro para milícia e não tem para a educação”, era um dos lemas dos estudantes cearenses.
Em Pernambuco, na cidade de Caruaru, os estudantes que caminhavam pelo centro da cidade também se manifestavam contra as ameaças à Educação e às aposentadorias. “Tira a mão da previdência, tira a mão da educação”, diziam. Araripina foi outra cidade pernambucana que participou das ações do #30MpelaEducação.
Cerca de 50 mil pessoas, entre elas professores e estudantes, foram às ruas de Salvador, na Bahia, para protestar contra os bloqueios de recursos da educação. A concentração começou por volta das 9h, no Largo do Campo Grande. Às 10h30, os manifestantes tomaram todas as faixas da via, e dez minutos depois o grupo iniciou uma passeata tendo como destino a Praça Castro Alves, um trajeto de cerca de dois quilômetros.
Em São Luis, capital do Maranhão, os alunos apresentaram seus projetos e pesquisas realizados nas instituições de ensino numa praça na região central da cidade.
Em Brasília, manifestantes começaram a se concentrar às 10h ao lado da Biblioteca Nacional, localizada na Esplanada dos Ministérios. Os organizadores estimaram em cerca de dez mil o número de participantes. A Polícia Militar não divulgou levantamento.
O protesto contou com o apoio de parlamentares do Distrito Federal e do Congresso Nacional. Eika Kokay (PT-DF), repudiou o tratamento que o governo dá à área da Educação no país: “O fascismo e o autoritarismo não aceitam a arte, a cultura, a ciência. Nós não voltaremos para a senzala, para a sala escura da tortura”.
Em Ipojuca, em Pernambuco, os petroleiros da Refinaria Abreu e Lima paralisaram suas atividades para sair em defesa da Educação.
O Largo da Batata, ponto de concentração em São Paulo para o 30M, reuniu milhares de manifestantes no início da noite desta quinta. A UNE estendeu uma faixa de 100 metros com a frase “O Brasil se une pela educação”. Ainda em São Paulo, atos foram registrados em cidades do interior como Sorocaba e Jundiaí.
No Rio de Janeiro, estudantes, movimentos sociais e sindicatos se unificaram em um ato que se concentrou no centro da cidade, próximo à Igreja da Candelária.
Este é a segunda movimentação pró-educação do mês. No último dia 15 de maio, estudantes, professores, e defensores da educação pública já haviam protestado pelo fim das restrições orçamentárias no ensino básico e no superior.
*Com Rede Brasil Atual e Brasil de Fato
CUT/Reprodução
Protestos em Fortaleza, CE