Receba alguns presos acusados de terrorismo e em troca, ganhe a chance de recepcionar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama ou ajuda em dinheiro. Era essa a oferta feita pelo Departamento de Estados norte-americano a países como Kiribati e Eslovênia, conforme mostrou a organização Wikileaks, em vazamento promovido neste domingo (28/11).
Em um dos telegramas, o governo da Eslovênia era avisado que, caso quisesse uma visita de Obama, deveria abrigar ao menos um prisioneiro detido na prisão de Guantánamo, em Cuba. Já a ilha de Kiribati, no Pacífico, foi avisada que receberia “milhares de dólares” se recebesse presos chineses acusados de promover práticas terroristas.
Em outro caso, o fato de aceitar mais prisioneiros era apontado como uma forma “barata” para a Bélgica adquirir “projeção” na Europa, afirma um dos “cabos” revelados pelo Wikileaks.
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Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama.
Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.
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