O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou neste sábado (03/06) a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2023, que permite elevar o teto da dívida do Estado, projeto que suspende o teto da dívida pública até 2025, evitando um colapso inédito na história do país.
“Ninguém obteve tudo aquilo que queria, mas o povo norte-americano conseguiu o que precisava. Evitamos um colapso econômico“, disse Biden, que também teve de se comprometer a reduzir gastos federais.
As I said in my inaugural address: without unity, there is no peace – only bitterness and fury.
Our bipartisan budget agreement represents what happens when we join forces. pic.twitter.com/HWTYyr9CMm
— President Biden (@POTUS) June 3, 2023
“Os acordos bipartidários são difíceis e a unidade é difícil, mas nunca podemos parar de tentar. Unir forças é parar de gritar, esfriar a cabeça e trabalhar juntos para progredir”, completou Biden.
Fruto de negociações entre democratas e republicanos, que constituem maioria na Câmara dos Deputados, a legislação permite evitar um incumprimento do pagamento da dívida, que poderia levar o país a uma catástrofe econômica.
Twitter/President Biden
"Evitamos um colapso econômico", disse Biden ao sancionar a lei
Até a finalização do acordo, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos teve que recorrer a medidas extraordinárias para continuar pagando as contas do governo desde o final de janeiro, quando foi atingido o limite da dívida de 31,4 trilhões de dólares.
Assim, o acordo permitirá que o Tesouro contraia empréstimos o quanto precisar até 1º de janeiro de 2025. Ao chegar a essa data, o limite de endividamento é reajustado para levar em conta a dívida acumulada desde a suspensão.
Os EUA gastam mais do que arrecadam, de forma que precisam pegar dinheiro emprestado por meio da emissão de títulos de dívida, ativos considerados entre os mais confiáveis no mundo.
No entanto, um eventual calote poderia comprometer essa credibilidade e provocar um efeito cascata no mercado financeiro e na economia real.
(*) Com Ansa e TeleSUR