O presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, reconheceu que a crise sem precedentes por falta de água em Montevidéu e em toda a sua região metropolitana tende a se agravar nos próximos dias, e que isso afetará a qualidade da água fornecida às casas da capital do país.
A crise é provocada por uma seca histórica, uma das maiores já sofridas pelo país, e que pode se agravar nos próximos dias devido ao prognóstico meteorológico, que indica ausência de chuvas nas próximas semanas.
Em pronunciamento à nação, nesta quinta-feira (29/06), o presidente uruguaio afirmou que “se não chover, logo chegará um período em que a água não será potável”.
A declaração causou reação de muitos setores nas redes sociais, devido ao fato de que o mandatário e outras figuras do governo direitista uruguaio vinham negando a possibilidade de que a qualidade da água fosse afetada pela crise.
Presidência do Uruguai
Famílias de Montevidéu podem ter que consumir água do volume morto dos reservatório, em função da crise hídrica
Nesta quin, Lacalle Pou disse que se não houve chuva na próxima semana, parte da água fornecida às casas da Grande Montevidéu será do chamado “volume morto” dos reservatórios da região. “As poucas reservas que existem só poderão ser utilizadas para tomar banho e lavar objetos”, frisou.
No entanto, o mandatário do país cisplatino assegurou que o governo vai reforçar os programas sociais destinados a compensar a população levando água engarrafada e caminhões pipa para as regiões mais populosas e que, em teoria, seriam as mais afetadas pela situação.
O governo uruguaio estima que cerca de 510 mil pessoas da região metropolitana de Montevidéu serão afetadas pela falta de qualidade e escassez de água. O Ministério do Desenvolvimento Social lançou recentemente um programa que deve entregar dois litros de água engarrafada a boa parte dessa população”.
Na segunda-feira (26/06), o governo do Uruguai decretou emergência hídrica na capital Montevidéu e toda sua região metropolitana, além de criar um gabinete especial para lidar com a crise, o qual contará com os ministros de Saúde, Planejamento, Economia, Obras Públicas, Meio Ambiente e Defesa Nacional.
Com informações de La Diaria e RT.