O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado (07/10) o início da operação “Espadas de Ferro”, que consiste em uma nova série de bombardeios à Faixa de Gaza, território controlado pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).
O premiê realizou uma transmissão em rede nacional, na qual afirmou que o objetivo da operação é “limpar as áreas infiltradas por forças inimigas e restaurar a segurança e a paz nos assentamentos atacados”.
A ação anunciada pelo governo de Israel não conta com o respaldo prévio da comunidade internacional, razão pela qual pode ser considerada ilegal à luz do direito internacional.
Ademais, a atuação de soldados israelenses tem afetado não apenas a Faixa de Gaza, como foi relatado por Netanyahu, mas também as principais ruas do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, onde a maioria da população é palestina.
Coletivos locais que militam a favor da causa palestina reportam que militares de Israel invadiram sedes de organizações e prenderam ao menos cinco pessoas, incluindo alguns ativistas estrangeiros, acusados de suposto “envolvimento com o Hamas”.
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Netanyahu lançou nova ofensiva militar israelense contra territórios palestinos
O operativo israelense teve seu início após uma ofensiva realizada pelo Hamas, que disparou cerca de 5 mil foguetes contra territórios que pertenciam à Palestina mas que foram ocupados por colonos israelenses – com o apoio do governo de Tel Aviv – nos últimos anos.
A ação do Hamas ocorreu em uma data simbólica, já que este sábado marca os 50 anos da Guerra de Yom Kippur.
O ataque foi uma verdadeira surpresa, com palestinos capturando posições do exército israelense e vulnerando o poderoso sistema antiaéreo israelense Domo de Ferro.
Até o momento Israel confirma a morte de 40 pessoas, além de cerca de 700 feridos. Por sua parte, as autoridades palestinas falam em 160 mortos e mais de mil feridos.