Matéria atualizada em 25 de outubro, às 10h31.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) informou através dos seus canais oficiais, nesta quarta-feira (25/10) a atualização da cifra de pessoas mortas, feridas e desabrigadas, como resultado da guerra declarada pelo governo de Israel contra a região da Faixa de Gaza, no sábado (07/10).
O informe, com números oferecidos pelo Ministério da Saúde da ANP, afirma que 6.546 pessoas, incluindo 2.074 crianças e adolescentes, mais de 1000 mulheres e 120 pessoas idosas morreram, outras 17.439 ficaram feridas, ao final de dezenove dias seguidos de ofensiva israelense.
Com os ataques ao hospital Ahli Arab na última terça-feira (17/10), a pasta da saúde também informou que 44 médicos palestinos foram mortos e 70 ficaram feridos. Além disso, 23 ambulâncias, elementos essenciais para o resgate dos civis feridos, foram atingidas e estão agora fora de funcionamento.
Os bombardeios israelenses também fizeram com que mais de 30 centros médicos ficassem impedidos de assistir feridos. A ANP completou que os hospitais que ainda funcionam estão em 150% da sua capacidade.
A ANP também divulgou que pelo menos 371 famílias palestinas foram mortas por ataques israelenses e há 1.200 pessoas desaparecidas sob escombros, sendo 500 crianças.
Até 10 de outubro, através de dados levantados por ONGs de ajuda humanitária, foi informado que 187 mil civis residentes em Gaza se encontram desabrigados após os ataques, que destruíram cerca de 22 mil moradias.
Autoridade Nacional Palestina
Palestinos tentam encontrar sobreviventes em meio aos escombros após novo bombardeio em Gaza
As autoridades palestinas também reportaram a destruição de 48 escolas e 10 postos de saúde, entre hospitais e centros de primeiros socorros. De acordo com o Ministério da Saúde, partes do Hospital Europeu de Gaza e do Hospital de campanha dos Emirados foram alvejados nesta terça pelas forças israelenses.
Segundo a conta da ANP na rede social X (ex-Twitter), “se trata de uma tentativa de aniquilação e inviabilização da vida em Gaza”.
Vale lembrar que nenhum dos civis afetados tinham condições de fugir de Gaza para evitar ser alvo dos ataques, já que o governo de Israel mantém a cidade completamente cercada. Quando declarou guerra a Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a pedir aos civis palestinos que deixassem a cidade para evitar serem atingidos, o que foi considerado por ativistas a favor dos direitos dos palestinos como “uma piada cruel”.
O jornal The Jerusalem Post aponta para 1. 400 israelenses mortos e 5.400 feridos. As Forças de Defesa de Israel reportaram que 222 pessoas estão sendo mantidas como reféns do Hamas uma vez que a ofensiva também consistiu no sequestro de civis israelenses, com o objetivo de tentar um intercâmbio de prisioneiros, para libertar líderes dos movimentos de resistência palestinos que estão presos em Israel. O jornal também informou que duas pessoas sequestradas foram libertadas pelo grupo nesta segunda-feira (23/10).