A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quinta-feira (07/12) que a cooperação com a China na Nova Rota da Seda “precisa prosseguir e ser melhorada”, mas apontou que o projeto não surtiu o efeito desejado para o país europeu.
“Penso que as relações de cooperação comercial e econômica com a China devem ser mantidas e melhoradas, mas a 'Nova Rota da Seda' não deu os resultados esperados”, disse a chefe de governo italiana.
A declaração de Meloni contraria as especulações midiáticas desta quinta-feira (06/12) de que a Itália já havia abandonado o projeto, também conhecido como Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI).
As especulações decorriam do informe da primeira-ministra à China em setembro sobre a saída do BRI, quando seu chanceler afirmou a saída porque a Itália “é aliada dos Estados Unidos”. “Queremos conversar com a China, porém fazemos parte do pacto transatlântico”, completou Antonio Tajani na ocasião.
Palazzo_Chigi/Twitter
Declaração de Meloni contraria as especulações midiáticas sobre abandono do projeto chinês
Quando tomou posse em 2022, Meloni também já havia informado de que deixaria o acordo por falta de ganhos significativos para o país europeu.
O início da cooperação foi em 2019, quando a Itália assinou um memorando de entendimento com a China, na gestão do então premiê Giuseppe Conte. A atual comandante da Itália questiona o ex-premiê dos motivos para a Itália, o único país do G7, ter aderido ao megaprojeto, sendo que Roma não é o principal parceiro comercial de Pequim.
O documento expira em março de 2024 e seria automaticamente renovado, a menos que Roma avisasse formalmente com uma carta pelo menos três meses antes da data, como, de fato, ocorreu.
A Nova Rota da Seda é um megaprojeto por meio do qual a China promete investimentos pesados em infraestrutura e telecomunicações para aumentar a conectividade entre África, Ásia e Europa.
(*) Com Ansa e Brasil247